VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 20 de março de 2014

O DESENCANTO DE SIMON

JORNAL DO COMERCIO, Coluna publicada em 20/03/2014

ADÃO OLIVEIRA | Conexão Política



MARCELO G. RIBEIRO/JC



Os capa-preta do PMDB gaúcho estão muito preocupados com o momento que atravessa o maior ícone do partido no Estado, senador Pedro Simon (foto). Simon é uma legenda. Em tempos do obscurantismo, ele foi o mais importante político a combater a ditadura. O tempo passa e os ventos da democracia chegaram. Pedro Simon, de deputado estadual, alcançou o Senado da República, passando pelo governo do Estado.

Em nenhum dos cargos que ocupou consta algo contra a sua dignidade, sua honradez. Sua honestidade nunca foi contestada. Ele é um símbolo da ética e da moral na política. E, de repente, seu nome é enxovalhado por ter arrumado os dentes por conta do plano de saúde do Senado.

Foi o bastante para os críticos de plantão atacarem o prestígio e o conceito que Simon desfruta junto à sociedade e à imprensa brasileira. E o petardo foi no fígado. O senador, correto sob todos os aspectos, ficou perturbado com as acusações, consideradas por ele como injustas. Sua saúde emocional foi abalada.

No dia da pré-convenção peemedebista, ele se desequilibrou e agrediu verbalmente sua colega Ana Amélia Lemos, candidata ao governo Estado pelo Partido Progressista. Ninguém entendeu nada. Sob o ponto de vista político, seu discurso é compreensível. Como escrevi ontem, trata-se de uma comparação histórica entre PMDB e PP, o que pode ser um dos diferenciais entre os candidatos José Ivo Sartori e Ana Amélia Lemos, que vão disputar o pleito.

A questão é que Simon foi ácido, no limite da deselegância. Passadas algumas horas do episódio, Simon procurou Ana Amélia no cafezinho do Senado e pediu-lhe desculpas. Ali, só os dois, sem testemunhas. Foi pena não ter testemunhas, afinal, a agressão verbal foi proferida publicamente e o pedido de desculpas veio numa conversa reservada.

Por tudo isso, os capa-preta do partido atribuem o fato de o senador ter declarado não ser candidato à reeleição ao seu recente desencanto com a política e afins. Alguns dias antes do encontro do partido, Simon convocou uma coletiva de imprensa para dizer que a denúncia não o abalava e que, para mostrar isso, ele agora estaria disposto a disputar o pleito.

Na verdade, Simon acusou o golpe. O PMDB trata essa questão com muito cuidado e, até o momento, continua considerando Pedro Simon candidato à reeleição. A ver.

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