REVISTA ISTO É N° Edição: 2310 | 28.Fev.14
Denúncia feita por ISTOÉ leva Manoel Dias, do Trabalho, a ser investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República
Denúncia feita por ISTOÉ leva Manoel Dias, do Trabalho, a ser investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República
por Izabelle Torres
Desde que assumiu o Ministério do Trabalho, em março de 2013, o ministro Manoel Dias vinha se mostrando capaz de driblar as denúncias envolvendo sua pasta sob a alegação de que não sabia de nada. A situação mudou na semana passada, quando a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu que suas explicações sobre o esquema de propina para aprovar a criação de sindicatos não são convincentes. Agora, sua conduta será investigada em um processo disciplinar. O nome de Dias passou a ser alvo da Comissão de Ética depois de uma reportagem publicada com exclusividade por ISTOÉ em janeiro deste ano. Nela, a empresária Ana Cristina Aquino revela que foi obrigada a pagar propina para Carlos Lupi, à época chefe da pasta do Trabalho, para conseguir autorização do ministério na criação do Sindicato dos Cegonheiros em Pernambuco. Segundo Ana Cristina, o esquema montado por Lupi continua até hoje na gestão de Dias e é articulado pelo advogado João Graça, assessor especial do atual ministro.
NO ALVO
A conduta de Dias será investigada em um processo disciplinar
A situação de Manoel Dias deve se complicar nas próximas semanas. O caso será relatado pelo próprio presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe, considerado criterioso na análise da conduta de autoridades. Lacombe deve pedir informações ao Ministério Público de São Paulo e de Minas Gerais, que já investigam o caso. Entretanto, a comissão não decidiu se vai chamar a empresária para ser ouvida pelos conselheiros ou se o processo vai se basear apenas nos documentos apresentados por ela. Detalhe importante: a comissão não tem papel judicial e poderá apenas sugerir à presidenta Dilma Rousseff a demissão do ministro, por desvio de conduta. Pode ser o primeiro passo para desbaratar as irregularidades praticadas há anos no Ministério do Trabalho.
Desde que assumiu o Ministério do Trabalho, em março de 2013, o ministro Manoel Dias vinha se mostrando capaz de driblar as denúncias envolvendo sua pasta sob a alegação de que não sabia de nada. A situação mudou na semana passada, quando a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu que suas explicações sobre o esquema de propina para aprovar a criação de sindicatos não são convincentes. Agora, sua conduta será investigada em um processo disciplinar. O nome de Dias passou a ser alvo da Comissão de Ética depois de uma reportagem publicada com exclusividade por ISTOÉ em janeiro deste ano. Nela, a empresária Ana Cristina Aquino revela que foi obrigada a pagar propina para Carlos Lupi, à época chefe da pasta do Trabalho, para conseguir autorização do ministério na criação do Sindicato dos Cegonheiros em Pernambuco. Segundo Ana Cristina, o esquema montado por Lupi continua até hoje na gestão de Dias e é articulado pelo advogado João Graça, assessor especial do atual ministro.
NO ALVO
A conduta de Dias será investigada em um processo disciplinar
A situação de Manoel Dias deve se complicar nas próximas semanas. O caso será relatado pelo próprio presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe, considerado criterioso na análise da conduta de autoridades. Lacombe deve pedir informações ao Ministério Público de São Paulo e de Minas Gerais, que já investigam o caso. Entretanto, a comissão não decidiu se vai chamar a empresária para ser ouvida pelos conselheiros ou se o processo vai se basear apenas nos documentos apresentados por ela. Detalhe importante: a comissão não tem papel judicial e poderá apenas sugerir à presidenta Dilma Rousseff a demissão do ministro, por desvio de conduta. Pode ser o primeiro passo para desbaratar as irregularidades praticadas há anos no Ministério do Trabalho.
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