EDITORIAL
Na vida, como na economia, há desenganos tardios que chegam quando não têm mais proveito e para o nosso maior tormento. É o caso do crescimento econômico do Brasil em 2014. Até o final de 2013, ai de quem retrucasse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a alta do produto Interno Bruto (PIB) naquele ano. Nada menos do que 3,5%, insistia ele, quando a crise derrubava, um por um, os países da União Europeia (UE) – salvo a novamente poderosa Alemanha - a como, antes, fizera com os Estados Unidos da América (EUA), país que, atualmente, está em recuperação socioeconômica. Pois o Brasil apresenta números que, para alguns analistas, representam a chamada recessão técnica. No entanto, todas as semanas a pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central junto a 100 instituições financeiras, desde maio a esta data, prevê baixa do PIB ou, pelo menos, semana após semana. Finalmente, o governo se rendeu, prevendo parcos 1,5%, quando a projeção do PIB está em parcos 0,52%, segundo a Pesquisa Focus do Banco Central. Nada leva a crer, mais, na previsão de Brasília. Se for confirmada, com alguma melhora no trimestre final do ano, será muito bom, do jeito que as coisas vão. Por exemplo, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revisou a previsão do desempenho do Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de transformação para nova queda de 5% ao final de 2014.
A indústria brasileira está parando em 2014, o que afetará o desempenho do setor para o ano que vem. Para os especialistas, a indústria mostra dificuldade de recuperação. Mesmo que exista um crescimento da atividade industrial até o final do ano, esse avanço se dá uma intensidade que não recuperará a estagnação verificada em 2014. Não será possível, então, conseguir o carregamento estatístico ao final deste ano para o ano que vem. Portanto, a expectativa de crescimento de 1,5% para 2014 está descartada pelo mercado.
Provavelmente, Guido Mantega não quer aceitar o futuro sombrio da economia em 2014 e 2015 a fim de não se tornar infeliz bem antes do tempo. Há um esgotamento da equipe econômica sentido até nas entrevistas. A repetição monótona de frases que não convencem há tempo prova que não há mais, por parte do atual grupo, o que fazer, salvo a retórica. Além disso, temos uma dívida federal de mais de R$ 2,1 trilhões e as exportações têm um superávit comercial de modestíssimos US$ 249 milhões até agosto. É a prova de que a crise não foi uma “marolinha”, chegou na costa do Brasil. Piorando o quadro, o governo federal continua gastando mais do que arrecada.
No exterior, o Fundo Monetário Internacional (FMI) mantém sua avaliação cautelosamente pessimista sobre a desaceleração de mercados emergentes, em especial, em relação ao Brasil, motivada em grande parte pela crise internacional que levou alguns países da Europa à recessão. A política brasileira de corte de impostos, aumento do crédito e facilidades no consumo está esgotada. Quem tinha que comprar automóvel ou apartamento de R$ 750 mil já comprou. Além disso, e obviamente, 90,99% da população não compra um veículo por ano e, muito menos, um imóvel a cada 12 meses. Isso é um fato.
Na vida, como na economia, há desenganos tardios que chegam quando não têm mais proveito e para o nosso maior tormento. É o caso do crescimento econômico do Brasil em 2014. Até o final de 2013, ai de quem retrucasse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a alta do produto Interno Bruto (PIB) naquele ano. Nada menos do que 3,5%, insistia ele, quando a crise derrubava, um por um, os países da União Europeia (UE) – salvo a novamente poderosa Alemanha - a como, antes, fizera com os Estados Unidos da América (EUA), país que, atualmente, está em recuperação socioeconômica. Pois o Brasil apresenta números que, para alguns analistas, representam a chamada recessão técnica. No entanto, todas as semanas a pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central junto a 100 instituições financeiras, desde maio a esta data, prevê baixa do PIB ou, pelo menos, semana após semana. Finalmente, o governo se rendeu, prevendo parcos 1,5%, quando a projeção do PIB está em parcos 0,52%, segundo a Pesquisa Focus do Banco Central. Nada leva a crer, mais, na previsão de Brasília. Se for confirmada, com alguma melhora no trimestre final do ano, será muito bom, do jeito que as coisas vão. Por exemplo, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revisou a previsão do desempenho do Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de transformação para nova queda de 5% ao final de 2014.
A indústria brasileira está parando em 2014, o que afetará o desempenho do setor para o ano que vem. Para os especialistas, a indústria mostra dificuldade de recuperação. Mesmo que exista um crescimento da atividade industrial até o final do ano, esse avanço se dá uma intensidade que não recuperará a estagnação verificada em 2014. Não será possível, então, conseguir o carregamento estatístico ao final deste ano para o ano que vem. Portanto, a expectativa de crescimento de 1,5% para 2014 está descartada pelo mercado.
Provavelmente, Guido Mantega não quer aceitar o futuro sombrio da economia em 2014 e 2015 a fim de não se tornar infeliz bem antes do tempo. Há um esgotamento da equipe econômica sentido até nas entrevistas. A repetição monótona de frases que não convencem há tempo prova que não há mais, por parte do atual grupo, o que fazer, salvo a retórica. Além disso, temos uma dívida federal de mais de R$ 2,1 trilhões e as exportações têm um superávit comercial de modestíssimos US$ 249 milhões até agosto. É a prova de que a crise não foi uma “marolinha”, chegou na costa do Brasil. Piorando o quadro, o governo federal continua gastando mais do que arrecada.
No exterior, o Fundo Monetário Internacional (FMI) mantém sua avaliação cautelosamente pessimista sobre a desaceleração de mercados emergentes, em especial, em relação ao Brasil, motivada em grande parte pela crise internacional que levou alguns países da Europa à recessão. A política brasileira de corte de impostos, aumento do crédito e facilidades no consumo está esgotada. Quem tinha que comprar automóvel ou apartamento de R$ 750 mil já comprou. Além disso, e obviamente, 90,99% da população não compra um veículo por ano e, muito menos, um imóvel a cada 12 meses. Isso é um fato.
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