VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 20 de setembro de 2014

A ONDA DA RAZÃO CONTRA O MARKETING DA LOROTA

REVISTA ISTO É N° Edição: 2339 19.Set.14 - 21:00





Carlos José Marques, diretor editorial


A corrida presidencial volta a embolar na reta final de campanha, com os três principais postulantes ao cargo se aproximando. Barbeiragens nos programas eleitorais e erros de estratégia nas mensagens veiculadas ao público estariam por trás do recuo na vantagem da presidenta Dilma, que tenta a reeleição, e na desidratação da candidatura Marina, como mostram as pesquisas e “trekkings” partidários mais recentes.

O tucano Aécio, com o seu bordão “a onda da razão vai prevalecer”, parece confirmar seus prognósticos com números de uma reação gradativa. De uma maneira ou de outra, o que ficou claro nos últimos dias é que o marketing da lorota adotado por Dilma e Marina em discursos e propagandas de rádio e TV pegou mal junto ao eleitor. O movimento apelativo passou da dose.

Os articuladores de Dilma, com a estratégia do medo para desqualificar adversários, veicularam peças inverossímeis sobre ameaças ao Bolsa Família” e um iminente assalto ao dinheiro do trabalhador que surrupiaria da mesa da família o pão nosso de cada dia via ideia de Banco Central independente – algo, na prática, não muito diferente do modelo em funcionamento hoje no BC. O caldo entornou de vez nas hostes petistas e a crise levou assessores a baterem cabeça.

Marina, por sua vez, se embolou nos argumentos, indo e vindo em propostas com baixa consistência que lhe tiraram crédito e reforçaram a sua ambiguidade. Ficou difícil para ela combinar a plataforma do PSB com as convicções pessoais. A hesitação evidente ao hastear e depois recolher várias bandeiras gerou desconfiança. Tudo junto e misturado no mesmo caldeirão eleitoral vai mudando o clima, e o voto, a favor de um ou outro candidato.

Os próximos dias serão decisivos. E como já ocorreu em edições anteriores do pleito, a escolha definitiva de cada eleitor está ficando mesmo para os momentos derradeiros, na boca de urna. Até lá, a batalha da baixaria e agressões verbais que prevalece vai expondo a fragilidade de candidaturas daqueles que pouco têm a apresentar enquanto buscam o poder a qualquer custo, adotando armas de terrorismo oportunista. A boa notícia: sobrou espaço para a discussão de alternativas mais consistentes. E assim, aqueles dispostos a trazer bons programas de governo poderão finalmente ter vez.

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