ZH 27/09/2014 | 15h03
"Aécio conjuga a afirmação dos benefícios da estabilidade e do desenvolvimento com a importância de políticas afirmativas de inclusão social"
por Celso Lafer*
O candidato à Presidência Aécio Neves Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
* Professor Emérito do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ministro das Relações Exteriores no governo FHC
As eleições presidenciais são disputadas por três propostas: uma de continuidade do atual governo e duas de oposição. As de oposição partem da avaliação de que há ampla insatisfação com o atual estado de coisas, clara expressão do esgotamento do modelo político do PT. Daí a importância de democrática alternância renovadora, que restitua ao país confiança e credibilidade nos seus governantes.
Um dos valores inerentes à democracia é a convicção de que o caminho da renovação da sociedade se faz por meio do livre debate de ideias, das mudanças de mentalidades e da possibilidade de, por meio de eleição, ensejar novas diretrizes governamentais. Registro que o Brasil é um país melhor e mais justo depois da redemocratização e da Constituição de 1988, graças à atuação dos que passaram pelo poder, inclusive o PT.
Não é esse fato histórico, no entanto, que está no DNA dos governos do PT que, desde 2003, se autoproclamam o marco zero da História brasileira. É essa autorreferida afirmação que faz o PT apresentar a reeleição de Dilma como o antídoto do apocalipse. Daí a intolerância com que tratam seus adversários, assumidos como inimigos da salvação a serem por isso mesmo destruídos. É por essa razão que o PT, no modo de governar e na campanha, resvala com lamentável frequência na antidemocrática desqualificação em todos os planos e por todos os meios dos seus opositores.
Neste contexto apoio a candidatura de Aécio Neves. Ela tem a consistência oposicionista do PSDB ao modo de governar do PT e aos seus desmandos –entre eles a voraz aparelhagem do Estado e o cupim da corrupção evidenciado com o julgamento do mensalão. A isto acrescento os equívocos patrocinados pelo PT na condução da inserção internacional do Brasil, que comprometem a conversão de necessidades internas em reais possibilidades de aproveitamento das oportunidades externas.
A candidatura Aécio carrega no seu DNA o compromisso histórico do PSDB com a estabilidade e o desenvolvimento econômico do país que estão sendo minados na gestão Dilma.
Aécio conjuga a afirmação dos benefícios da estabilidade e do desenvolvimento com a importância de políticas afirmativas de inclusão social e não custa lembrar a importância das políticas sociais inauguradas pelo governo do PSDB, que formam o patamar a partir do qual o PT vem trabalhando, inclusive o Bolsa Família.
Aécio conta com o poder de convocatória e a credibilidade dos quadros técnicos do PSDB e seus simpatizantes, que darão à sua Presidência inovadora capacidade de gestão, apta a lidar com os desafios internos e externos no momento atual do país, algo essencial, tendo em vista a “fadiga dos materiais” petista.
Concluo que os valores da democracia, inclusive os relacionados com a afirmação dos Direitos Humanos, são constitutivos do DNA republicano do PSDB. É o que corporifica Aécio na sua trajetória de parlamentar e governador de Minas Gerais, em sintonia com o legado político de Tancredo Neves e em convergência com a herança bendita do governo FHC.
"Aécio conjuga a afirmação dos benefícios da estabilidade e do desenvolvimento com a importância de políticas afirmativas de inclusão social"
por Celso Lafer*
O candidato à Presidência Aécio Neves Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
* Professor Emérito do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ministro das Relações Exteriores no governo FHC
As eleições presidenciais são disputadas por três propostas: uma de continuidade do atual governo e duas de oposição. As de oposição partem da avaliação de que há ampla insatisfação com o atual estado de coisas, clara expressão do esgotamento do modelo político do PT. Daí a importância de democrática alternância renovadora, que restitua ao país confiança e credibilidade nos seus governantes.
Um dos valores inerentes à democracia é a convicção de que o caminho da renovação da sociedade se faz por meio do livre debate de ideias, das mudanças de mentalidades e da possibilidade de, por meio de eleição, ensejar novas diretrizes governamentais. Registro que o Brasil é um país melhor e mais justo depois da redemocratização e da Constituição de 1988, graças à atuação dos que passaram pelo poder, inclusive o PT.
Não é esse fato histórico, no entanto, que está no DNA dos governos do PT que, desde 2003, se autoproclamam o marco zero da História brasileira. É essa autorreferida afirmação que faz o PT apresentar a reeleição de Dilma como o antídoto do apocalipse. Daí a intolerância com que tratam seus adversários, assumidos como inimigos da salvação a serem por isso mesmo destruídos. É por essa razão que o PT, no modo de governar e na campanha, resvala com lamentável frequência na antidemocrática desqualificação em todos os planos e por todos os meios dos seus opositores.
Neste contexto apoio a candidatura de Aécio Neves. Ela tem a consistência oposicionista do PSDB ao modo de governar do PT e aos seus desmandos –entre eles a voraz aparelhagem do Estado e o cupim da corrupção evidenciado com o julgamento do mensalão. A isto acrescento os equívocos patrocinados pelo PT na condução da inserção internacional do Brasil, que comprometem a conversão de necessidades internas em reais possibilidades de aproveitamento das oportunidades externas.
A candidatura Aécio carrega no seu DNA o compromisso histórico do PSDB com a estabilidade e o desenvolvimento econômico do país que estão sendo minados na gestão Dilma.
Aécio conjuga a afirmação dos benefícios da estabilidade e do desenvolvimento com a importância de políticas afirmativas de inclusão social e não custa lembrar a importância das políticas sociais inauguradas pelo governo do PSDB, que formam o patamar a partir do qual o PT vem trabalhando, inclusive o Bolsa Família.
Aécio conta com o poder de convocatória e a credibilidade dos quadros técnicos do PSDB e seus simpatizantes, que darão à sua Presidência inovadora capacidade de gestão, apta a lidar com os desafios internos e externos no momento atual do país, algo essencial, tendo em vista a “fadiga dos materiais” petista.
Concluo que os valores da democracia, inclusive os relacionados com a afirmação dos Direitos Humanos, são constitutivos do DNA republicano do PSDB. É o que corporifica Aécio na sua trajetória de parlamentar e governador de Minas Gerais, em sintonia com o legado político de Tancredo Neves e em convergência com a herança bendita do governo FHC.
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