VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A PREVALÊNCIA DO BOM SENSO


ZERO HORA 01 de fevereiro de 2014 | N° 17691


EDITORIAIS




Conflitos criados por demandas salariais são da natureza das relações trabalhistas e muitas vezes se desenvolvem sob forte tensão. No caso da paralisação dos trabalhadores em transporte rodoviário de Porto Alegre, chegou-se a anunciar um movimento cordial, porque não envolveria piquetes e outras formas tradicionais de mobilização. Tal característica não basta para que uma greve seja aceita sem questionamentos, e foi o que ocorreu na Capital. Os prejuízos impostos à população, com a retirada quase total dos veículos de circulação, não se limitaram a quem utiliza ônibus para poder trabalhar e se locomover cotidianamente. Perderam também todos os que, do comércio a serviços médicos e hospitalares, também dependem do transporte para levar adiante suas atividades.

Complicadores da paralisação foram explicitados por desentendimentos entre os líderes do movimento, pela suspeita, apresentada pelo próprio prefeito da Capital, de que havia um acerto entre os grevistas e os empregadores, e – mais recentemente – pelo descumprimento de um acordo assinado na Justiça do Trabalho. Esse conjunto de controvérsias não pode ser ampliado por mais desacertos. Chegou o momento de as lideranças sindicais assumirem o controle da paralisação, sob pena de verem a luta por melhores salários ser conduzida por setores sem legitimidade para tanto.

Dirigentes das entidades de empregados e empregadores precisam fazer valer a racionalidade, como ocorreu tantas vezes em situações como essa, para que a motivação para a greve não seja contaminada por outros interesses. Os argumentos confrontados, por mais inflexíveis que pareçam, devem conter sempre a possibilidade de conciliação. O sindicalismo brasileiro, dos assalariados e dos patrões, mesmo nos piores momentos das restrições impostas pelo regime militar, deu mostras da capacidade de entendimento. Ceder e transigir faz parte desse contexto, ou todas as demandas acabariam em impasse. Para que isso seja possível, é preciso que os líderes se fortaleçam, de fato e de direito, como representantes de suas categorias.


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