ZERO HORA 23 de fevereiro de 2014 | N° 17713
PÁGINA 10 | JULIANO RODRIGUES (INTERINO)
As plenárias dos fóruns regionais do Orçamento Participativo que discutem a licitação do sistema de transporte coletivo de Porto Alegre indicaram, até agora, esmagadora preferência dos porto-alegrenses que foram aos encontros pela obrigatoriedade de ar-condicionado em toda a frota. A prefeitura havia desistido de incluir esse ponto na concorrência, porque a instalação dos equipamentos em todos os ônibus teria impacto de R$ 0,10 na tarifa, segundo cálculos da EPTC.
– A opinião majoritária das pessoas é de que existe uma necessidade de colocar ar-condicionado nos ônibus. Todos querem que o impacto sobre o preço seja o menor possível, mas estão colocando a qualidade do serviço acima de outras questões – explica o secretário municipal de Governança Local, Cézar Busatto.
Além do ar-condicionado, os usuários do sistema exigem outras melhorias na licitação. Entre os pedidos, estão o aumento do número de linhas em alguns bairros, principalmente na Zona Sul, mudanças de itinerário, aumento do número de coletivos em horários de pico e diminuição do tempo entre viagens. Outro problema levantado nas plenárias do OP é a escassez de ônibus circulando durante a madrugada. Os usuários pediram que a EPTC estude a possibilidade de expandir o número de coletivos da linha Balada Segura. Nas reuniões realizadas até agora, chamou a atenção da prefeitura a presença de setores da sociedade que pouco participavam do Orçamento Participativo.
– Tivemos muitos advogados, professores e empresários. Eles estão indo nas reuniões porque querem qualificar o transporte. Até mesmo aqueles que andam de carro querem que o sistema seja melhor para, quem sabe, optar pelo transporte público – afirma Busatto.
Uma alternativa que surgiu em uma das reuniões foi a criação de um fundo municipal para custear parte da passagem. A proposta é polêmica, já que envolveria corte de recursos de outras áreas, como saúde e educação, para que a prefeitura pudesse ter condições financeiras de subsidiar parte da tarifa. Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad realocou R$ 1,6 bilhão do orçamento previsto para 2014 com o objetivo de manter o preço da passagem.
As sugestões colhidas durante as reuniões do OP serão apresentadas durante audiência pública marcada para quinta-feira, na Câmara de Vereadores.
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As plenárias dos fóruns regionais do Orçamento Participativo que discutem a licitação do sistema de transporte coletivo de Porto Alegre indicaram, até agora, esmagadora preferência dos porto-alegrenses que foram aos encontros pela obrigatoriedade de ar-condicionado em toda a frota. A prefeitura havia desistido de incluir esse ponto na concorrência, porque a instalação dos equipamentos em todos os ônibus teria impacto de R$ 0,10 na tarifa, segundo cálculos da EPTC.
– A opinião majoritária das pessoas é de que existe uma necessidade de colocar ar-condicionado nos ônibus. Todos querem que o impacto sobre o preço seja o menor possível, mas estão colocando a qualidade do serviço acima de outras questões – explica o secretário municipal de Governança Local, Cézar Busatto.
Além do ar-condicionado, os usuários do sistema exigem outras melhorias na licitação. Entre os pedidos, estão o aumento do número de linhas em alguns bairros, principalmente na Zona Sul, mudanças de itinerário, aumento do número de coletivos em horários de pico e diminuição do tempo entre viagens. Outro problema levantado nas plenárias do OP é a escassez de ônibus circulando durante a madrugada. Os usuários pediram que a EPTC estude a possibilidade de expandir o número de coletivos da linha Balada Segura. Nas reuniões realizadas até agora, chamou a atenção da prefeitura a presença de setores da sociedade que pouco participavam do Orçamento Participativo.
– Tivemos muitos advogados, professores e empresários. Eles estão indo nas reuniões porque querem qualificar o transporte. Até mesmo aqueles que andam de carro querem que o sistema seja melhor para, quem sabe, optar pelo transporte público – afirma Busatto.
Uma alternativa que surgiu em uma das reuniões foi a criação de um fundo municipal para custear parte da passagem. A proposta é polêmica, já que envolveria corte de recursos de outras áreas, como saúde e educação, para que a prefeitura pudesse ter condições financeiras de subsidiar parte da tarifa. Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad realocou R$ 1,6 bilhão do orçamento previsto para 2014 com o objetivo de manter o preço da passagem.
As sugestões colhidas durante as reuniões do OP serão apresentadas durante audiência pública marcada para quinta-feira, na Câmara de Vereadores.
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