ZERO HORA 25 de fevereiro de 2014 | N° 17715
POSSE NA CÂMARA. Sai Azeredo, entra deputado do castelo
Edmar Moreira ficou conhecido em 2009 por sonegar propriedade da Justiça
A renúncia do deputado mineiro Eduardo Azeredo (PSDB), réu no processo do mensalão tucano, abriu caminho para que Edmar Moreira (PTB), político que em 2009 ficou conhecido nacionalmente como o “deputado do castelo”, volte a ocupar uma cadeira na Câmara. A posse está prevista para ocorrer hoje.
O retorno de Moreira só foi possível porque o primeiro suplente de Azeredo, o prefeito de Montes Claros, Ruy Adriano Borges Muniz (DEM-MG), apresentou ontem sua carta de renúncia ao mandato de deputado, optando por continuar na prefeitura.
Edmar Moreira ganhou notoriedade após vir à tona, em fevereiro de 2009, que ele era dono de uma propriedade em São João Nepomuceno, no interior de Minas Gerais, aos moldes das construções medievais europeias, com 36 suítes, jardins e um lago. À época, o castelo estava avaliado em cerca de R$ 25 milhões. O então deputado – na ocasião, recém escolhido para ser corregedor da Câmara – havia sonegado o imóvel na sua prestação de contas da campanha de 2006. Na declaração à Justiça Eleitoral constava apenas um terreno de R$ 17,5 mil em São João Nepomuceno.
Ao assumir a corregedoria – órgão responsável por julgar deputados acusados de quebra de decoro –, Moreira afirmou que os parlamentares não deveriam ser julgados pela Câmara, pois sempre haveria “o vício insanável da amizade”. Ele não perdeu o mandato, porém, não conseguiu se reeleger em 2010, ficando nas primeira suplências.
MP tenta garantir julgamento do mensalão tucano em 2014
O castelo, que foi construído com o objetivo de virar um hotel, está atualmente à venda por R$ 40 milhões.
O Ministério Público prepara recursos para garantir o julgamento, ainda este ano, do processo do mensalão tucano, que tem como principal réu o ex-deputado Eduardo Azeredo. A Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público de Minas Gerais planejam medidas para assegurar a análise da ação penal, que está em fase final, pronta para ser julgada. Tucanos temem que a repercussão do julgamento no ano eleitoral cause danos à futura candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência. Azeredo renunciou ao mandato sob pressão velada de sua legenda e alegando ter sido alvo de “hedionda denúncia da Inquisição”.
NÚMEROS MEDIEVAIS - O Castelo Monalisa, como é chamado, é grandioso em tudo
A renúncia do deputado mineiro Eduardo Azeredo (PSDB), réu no processo do mensalão tucano, abriu caminho para que Edmar Moreira (PTB), político que em 2009 ficou conhecido nacionalmente como o “deputado do castelo”, volte a ocupar uma cadeira na Câmara. A posse está prevista para ocorrer hoje.
O retorno de Moreira só foi possível porque o primeiro suplente de Azeredo, o prefeito de Montes Claros, Ruy Adriano Borges Muniz (DEM-MG), apresentou ontem sua carta de renúncia ao mandato de deputado, optando por continuar na prefeitura.
Edmar Moreira ganhou notoriedade após vir à tona, em fevereiro de 2009, que ele era dono de uma propriedade em São João Nepomuceno, no interior de Minas Gerais, aos moldes das construções medievais europeias, com 36 suítes, jardins e um lago. À época, o castelo estava avaliado em cerca de R$ 25 milhões. O então deputado – na ocasião, recém escolhido para ser corregedor da Câmara – havia sonegado o imóvel na sua prestação de contas da campanha de 2006. Na declaração à Justiça Eleitoral constava apenas um terreno de R$ 17,5 mil em São João Nepomuceno.
Ao assumir a corregedoria – órgão responsável por julgar deputados acusados de quebra de decoro –, Moreira afirmou que os parlamentares não deveriam ser julgados pela Câmara, pois sempre haveria “o vício insanável da amizade”. Ele não perdeu o mandato, porém, não conseguiu se reeleger em 2010, ficando nas primeira suplências.
MP tenta garantir julgamento do mensalão tucano em 2014
O castelo, que foi construído com o objetivo de virar um hotel, está atualmente à venda por R$ 40 milhões.
O Ministério Público prepara recursos para garantir o julgamento, ainda este ano, do processo do mensalão tucano, que tem como principal réu o ex-deputado Eduardo Azeredo. A Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público de Minas Gerais planejam medidas para assegurar a análise da ação penal, que está em fase final, pronta para ser julgada. Tucanos temem que a repercussão do julgamento no ano eleitoral cause danos à futura candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência. Azeredo renunciou ao mandato sob pressão velada de sua legenda e alegando ter sido alvo de “hedionda denúncia da Inquisição”.
NÚMEROS MEDIEVAIS - O Castelo Monalisa, como é chamado, é grandioso em tudo
- Construído entre 1982 e 1990, tem 7,5 mil metros quadrados de área construída
- Ambientes revestidos de mármore
- 36 suítes com closet e banheira de hidromassagem, distribuídos em oito torres
- Salões para festas
- Sauna
- Piscinas
- Lagos para pescaria
- Estrutura para golfe
- Adega com capacidade para 8 mil garrafas de vinho
- Dois elevadores
- Heliporto
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - A propósito, o deputado do castelo não foi julgado por "sonegar propriedade da justiça"?
Um comentário:
quando ele morrer não poderá levar nem sequer um tijolo junto com ele e ainda terá que provar a DEUS de onde ele conseguiu o dinheiro e depois só sobrará dele o sorriso (os dentes de sua caveira).
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