Atletas pintam trenó e encerram polêmica no bobsled
Depois de muita polêmica, o Brasil vai competir no bobsled dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi com um trenó das cores do País, como vocês podem ver na foto acima, divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG).
A polêmica começou há uma semana, quando o time brasileiro começou a treinar em Sochi. As fotos, de agências internacionais, mostravam um trenó vermelho, velho, todo remendado. Uma evidência do atraso brasileiro com relação às potências. A Alemanha, por exemplo, compete com um trenó feito pela BMW. A Itália vai de Ferrari!
O Brasil não tem a tecnologia para construir trenós e, nas outras vezes que disputou Olimpíada (2002 e 2006), competiu com veículos alugados. Logo, não havia herança. No ano passado, para a campanha olímpica, a CBDG comprou três trenós de 2010/2011 do time de Mônaco pela bagatela de US$ 22 mil cada um. Dois deles (quarteto masculino e dupla feminina) se garantiram em Sochi, enquanto o para dupla masculina não ganhou a vaga.
Depois de treinar na pista, quinta-feira passada, os próprios atletas brasileiros é que iniciaram o “envelopamento” do trenó, com a colagem de adesivos. O trabalho se arrastou por toda a semana, até que os dois trenós que competirão em Sochi ficassem prontos nesta quinta-feira.
Por falta de recursos, os brasileiros estão tendo que se virar em Sochi. Odirlei Pessoni, campeão sul-americano do decatlo em 2008 e hoje um dos integrantes da equipe, trabalha também como mecânico e “faz tudo” do trenó. Detalhe: quem chama ele de “faz tudo” é a própria assessoria de comunicação da CBDG.
A competição de Bobsled feminino começa na próxima terça-feira e termina na quarta, com um total de quatro descidas para cada uma das 20 duplas e as vencedoras apontadas pela soma de todos os tempos. Já os homens vão competir no sábado. Se ficaram entre os 20 melhores dentre 30 trenós, voltam para mais duas descidas no domingo.
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