VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

CAUSAS DA PERDA DE CONFIANÇA NAS INSTITUIÇÕES



SUL 21. Publicado em 29 de janeiro de 2014


ALEX CRUZ


Se vê nas ruas, nas redes sociais, em mesas de bares e barbearias, que as instituições estão num crescente descrédito, mas a indignação não é contra a política em sí. É contra quem a protagoniza, isto é, suas organizações e suas práticas. A perda da confiança aumentou o interesse pela política e na participação em mobilizações e plataformas sociais. Política sim, mas de outra maneira.

A resistência dos próprios partidos em reconhecer essa deterioração e ter um determinado comportamento é a melhor consequência dessa má avaliação diante da população. Mas, a que se deve esse desencontro? À falta de empatia com o cidadão, principalmente na desigualdade social e má prestação dos serviços, onde a pobreza é uma variável da estatística, e à sensação de que a classe política vive num mundo à parte, que permite burlar as leis e as regras que os demais são obrigados a cumprir; muitos privilégios (é difícil acreditar que todos somos iguais perante a lei), muita corrupção, a passividade é muito acentuada diante dela, muito patriotismo de partido (os corruptos se dividem entre nós e os outros), horas perdidas de debate no Parlamento em vez de enfrentar os problemas. Excessiva promiscuidade com o dinheiro, muitas fotos de políticos rodeados de banqueiros e empresários. Para quem governam? Ineficiência dos partidos para garantir suas tarefas principais como a representação política e a seleção de pessoas adequadas para o exercício do cargo. Incapacidade para dar sentido à política e em não apresentar projetos que permitam uma perspectiva de futuro e de cidadania.

Em resumo: o cidadão não sente que faz parte dos processos de decisão. Falamos de democracia, mas estamos em uma aristocracia, em mãos de uma elite com pouco estilo. Que quer o cidadão? Que a política esteja àserviço do povo e não de poucos,que se discuta abertamente as prioridades . E isso para a cidadania tem um nome: a crise no sistema político!

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