Crime organizado está infiltrado na política, diz delegado-geral de São Paulo. Agência Brasil - JORNAL DO BRASIL, 24/03/2011
São Paulo – O delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, afirmou hoje (24) que um novo desafio está surgindo no combate ao crime organizado. Segundo ele, quadrilhas estão cada vez mais se infiltrando na política e ganhando espaço na estrutura de governos do Brasil.
Lima disse que alguns crimes registrados em São Paulo, nos últimos meses, demonstram esse fenômeno. O chefe da Polícia Civil paulista afirmou que o assassinato do prefeito de Jandira, Braz Paschoalin, em dezembro, é exemplo claro da entrada do crime no meio político.
“A morte do prefeito de Jandira é a ponta do iceberg”, afirmou Lima, durante um debate sobre segurança pública na capital paulista. “O crime organizado está entrando no Estado por meio da política.”
O delegado citou também a prisão de um candidato a deputado federal por São Paulo, por suspeitas de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Claudinei Alves dos Santos foi preso em setembro, pouco antes das eleições.
“Isso (a prisão de Claudinei) foi detectado a 30 quilômetros da Praça da Sé [região central de São Paulo]. É muito preocupante que isso possa estar ocorrendo em outras regiões do Brasil, onde não há um efeito da polícia tão grande coibindo esse tipo de ação”, afirmou.
Segundo o delegado, o combate ao envolvimento do crime com a política depende de um trabalho conjunto de vários órgãos. De acordo com Marcos Lima, em São Paulo, o Ministério Público (MP) tem colaborado com essas investigações. “Não é a Polícia Civil isolada, a Polícia Militar isolada ou o MP isolado. Os três juntos vão combater o crime organizado, cada vez mais ousado e grave”.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Só um forte sistema de ordem pública envolvendo o Poder Judiciário, o MP, as forças policiais e uma execução penal rigorosa e monitorada devidamente amparadas por processos desburocratizados, ligações ágeis e leis rigorosas poderá contar a evolução do crime organizado no Brasil. O nível já é mafioso pelo formato das redes, pelas técnicas de execução, pelas estratégias de aliciamento e pelo poder financeiro corruptor. Está certo o Delegado, é preciso comprometimento de outros Poderes e vários órgãos para combater o crime. A Polícia é uma ferramenta inicial, o MP é que denúncia e promove a ação penal, mas tudo isto tem de ter continuidade no Judiciário e no setor prisional, fortalecidos pela postura coativa, confiança no Estado e segurança jurídica.
E o que temos hoje? Um congresso ausente, farrista e ímprobo; um Poder Judiciário moroso, burocrata, centralizador, divergente e distante das questões de ordem pública; um Poder Executivo descompromissado com suas forças policiais e com a sua responsabiidade na guarda, custódia e ressocialização dos presos. Com estas "qualidades", este Poderes estão desacreditados perante o povo brasileiro e desamparados por uma constituição esdrúxula, remendada e plena de direitos individuais que submetem o interesse público. Estado fraco, território livre para a máfia.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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