Arruda diz que "ajudou" vários políticos - Rudolfo Lago- Congresso em Foco, 17/03/2011 - 20h28
A revista Veja, em seu endereço eletrônico, acaba de publicar uma entrevista com o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. Na entrevista, Arruda deixa subentendido que, na política, lidou e captou dinheiro irregular. E que esse dinheiro foi parar nas mãos de outros políticos de vários partidos, que ele ajudava, por afinidade política ou pessoal. "Joguei o jogo da política brasileira", diz Arruda, respondendo à pergunta sobre se era ou não corrupto.
A atitude de Arruda na entrevista é bem semelhante à que teve quando renunciou ao mandato de senador pelo envolvimento na violação do painel eletrônico do Senado na votação da cassação do ex-senador Luiz Estevão. Na ocasião, Arruda primeiro foi à tribuna e negou veementemente qualquer participação no episódio. Quando não tinha mais como negar, passou a reconhecer que errou gravemente. Foi o primeiro passo para depois se apresentar ao eleitorado pedindo humildes desculpas e retornar à política como deputado federal. De deputado federal, virou governador.
No caso do mensalão que comandava, Arruda primeiro também negou veementemente. Inicialmente, apresentou a inacreditável desculpa de que o dinheiro que pegava no vídeo em que foi flagrado ao lado de Durval Barbosa, o arrecadador do esquema, era para comprar panetones para distribuir no Natal. Agora, quando outra vez não tem mais como negar seu envolvimento, Arruda diz outra vez que "errou gravemente". Mas acrescenta que fez o que os demais políticos também fazem para se eleger. "Dancei a música que tocava no baile".
Arruda diz que arrecadava muito dinheiro a partir de seu relacionamento com empresários de Brasília. E que, com esse dinheiro, ajudou políticos do DEM, como o atual presidente do partido, José Agripino Maia, e o senador Demóstones Torres (GO), mas também de outros partidos. Ele cita o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
"Alguém duvida da honestidade do Marco Maciel? Claro que não. Mas ele precisa se eleger. O senador Cristovam Buarque, do PDT, que eu conheço há décadas, um dos homens mais honestos do Brasil, saiu de sua campanha presidencial, em 2006, com dívidas enormes. Ele pediu e eu ajudei", afirma Arruda, na entrevista.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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