ZERO HORA 20 de dezembro de 2014 | N° 18019
OPERAÇÃO LAVA-JATO
Ex-diretor aponta 28 políticos em delação
DENTRE OS CITADOS por Paulo Roberto Costa estão ex-ministro Antonio Palocci, deputados, senadores, ex-governadores e um governador. Único gaúcho na lista é o deputado federal José Otávio Germano. Oposição se articula para criar nova CPI. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa listou 28 políticos supostamente envolvidos no escândalo na estatal nos cerca de 80 depoimentos de sua delação premiada na Operação Lava-Jato, entre agosto e setembro, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
A reportagem informa que a lista inclui ministros e ex-ministros dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, além de deputados, senadores, um governador e ex-governadores (veja abaixo). Constam também na relação parlamentares da base aliada do governo e da oposição. Na lista dos partidos, estão PT, PMDB, PSB, PSDB e PP.
Um dos nomes é o do ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antonio Palocci. Em 2010, o petista teria solicitado a Costa, segundo a reportagem, R$ 2 milhões para a campanha da presidente, da qual era coordenador.
Costa ainda relatou pagamento de propina de R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra para que fosse encerrada CPI que investigava a Petrobras.
O único político gaúcho na lista é o deputado federal José Otávio Germano (PP). O parlamentar, que estava em viagem com a família ontem, se manifestou por meio de nota. Afirmou que vê com “muita tristeza e indignação” ter seu nome vinculado ao escândalo. “Nada devo e nada temo”, disse o deputado ao negar envolvimento.
Germano admitiu que esteve duas vezes com Costa na sede da Petrobras, no Rio, para tratar de assuntos institucionais, quando era presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara.
Também em nota, o presidente do PP no Estado, Celso Bernardi, disse que o partido recebeu “com enorme desconforto” a relação de políticos da sigla e pediu que os citados esclareçam a situação, uma vez que o partido “não tem compromisso com o erro nem pactua com possíveis desvios de dinheiro público ou de captações ilícitas”.
A divulgação da lista reforçou ontem o discurso da oposição sobre a criação de uma nova CPI no Congresso. A meta é protocolar o pedido em fevereiro de 2015, após a posse dos novos parlamentares.
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