ZERO HORA 24/12/2014 | 10h34
'Não sabia que a situação era tão difícil assim". Em entrevista a ZH, Sartori não diz o que fará nos primeiros meses de governo
por Rosane de Oliveira
Foto: Jonas Ramos / Agencia RBS
Quem quiser saber como será o governo de José Ivo Sartori precisa ler as entrelinhas de suas falas, interpretar as lacunas e dar sentido às palavras soltas. Com o argumento de que ainda não tomou posse, ele se recusa a dizer o que fará nos primeiros meses de governo, como enfrentará a crise financeira que se avizinha e quando adotará medidas de impacto.
Nas entrelinhas, admite que, na negociação com o magistério, vai propor mudanças no plano de carreira para pagar o piso salarial e espera disposição dos professores ao diálogo. Dá a entender que não aplicará a lei que extingue o Imposto de Fronteira, defendida com unhas e dentes por seus aliados quando estavam na oposição. Acena com a sanção à emenda que veda o pagamento de auxílio-moradia para magistrados, membros do Ministério Público e conselheiros do Tribunal de Contas. E admite que, se a crise apertar, conversará com outros poderes para pedir cota de sacrifício.
Na noite de segunda-feira, após conversar com ZH, Sartori deu entrevista ao vivo a jornalistas do Grupo RBS, na TVCOM. Questionado sobre possível aumento de impostos, negou, mas deixou uma brecha ao dizer que “isso não pode ser descartado totalmente”. As não respostas confirmam que o aviso dado quando chegou à RBS TV para a entrevista não era brincadeira:
– Pode perguntar, que não vou responder. Vou driblar.
Após saber dos números dos relatórios da equipe de transição, o senhor está assustado?
Sabíamos das dificuldades, mas não sabia que a situação era tão difícil assim. Vai muito além. Acho que mais assustado do que eu está o secretário da Fazenda.
Seu secretário da Fazenda tem dito que, por mais que se corte, não há dinheiro para financiar o déficit no curto prazo. Qual é a sua avaliação?
Não quero olhar para trás. Todos os governadores procuraram fazer o melhor. É uma realidade que está aí e a gente tem de provocar mudanças, fazer o reequilíbrio das finanças e criar condições para que minimamente o Estado volte a investir. Creio que temos de fortalecer o crescimento econômico, esperar que a gente tenha sorte, tenha uma boa produção agrícola.
Como fará para que entendam que a situação é crítica?
Governar com todos, ter transparência, colocar a verdade, inclusive sobre os números. Sempre disse e vou continuar dizendo que há uma realidade nova no ar.
Quando o senhor fala em transparência, a sua ideia, logo que tomar posse, é de escancarar a situação das finanças?
Com o cuidado para não ofender ninguém, mas eu acho que é necessário. No mínimo, para dialogar bem com a sociedade, setores, regiões, entidades e organizações.
Dentre as opções sugeridas pela equipe de transição, estaria elevação do ICMS para 2016. Vai ter aumento de imposto?
A sociedade nunca vai pedir aumento. Então, não vai ter. Não há espaço em uma época em que todo mundo reclama da tributação. É preciso encontrar maneiras de simplificar. Aí vêm várias questões, de substituição tributária, a não ser que se possa fazer algo a respeito de alguns produtos.
Seria repetir o governo Germano Rigotto, que aumentou o ICMS de combustíveis, energia e telecomunicações?
É preciso ter calma. Tem de ser caso pensado. Nos preparamos até agora para formar a equipe.
Os secretários têm reclamado que não sabem se escolherão os presidentes e diretores-gerais das instituições vinculadas. Quando o senhor fecha isso?
Há casos em que o governador vai escolher. Vamos constituir um grupo que fará, com o tempo necessário, um diagnóstico de todas as entidades do governo.
Pensa em extinguir órgãos considerados ineficientes?
Esse grupo vai avaliar. É possível, mas ainda não há como dizer.
Na campanha, o senhor falava em formar uma equipe que mesclasse técnicos e políticos, mas o seu secretariado é formado em sua maioria por políticos.
Boa parte deles são políticos e técnicos ao mesmo tempo.
Sabe-se que muitos técnicos recusaram. Foi difícil definir?
Isso é normal, tem gente que tem outras preocupações, problemas de família. Mas não foram muitos, não. Tem de louvar aqueles que aceitaram o desafio.
O senhor só tem uma mulher no secretariado. Não encontrou outras competentes no RS?
As mulheres vão ter o seu lugar adequado. Às vezes, é questão de momento, mas tenho certeza que dentro do governo vai aparecer.
Mas o seu secretariado está fechado e só tem a secretária Ana Pellini (Meio Ambiente).
Não, tem a primeira-dama também. Ela manda lá em casa, sinal de que não é o homem que manda. Sempre são as mulheres.
Existe a possibilidade de o senhor assumir sem fechar todos os cargos do segundo escalão?
Vamos levar um bom tempo para concluir todas as áreas do governo. Não dá para negar, não há condições de fazer isso de sopetão.
O senhor espera que integrantes do segundo escalão fiquem para passar o cargo ou prefere que o governador atual mande embora todos os CCs?
Estou pensando na possibilidade, e isso não está definido ainda.
Há risco de não fechar o quadro até 31 de dezembro?
Sim, mas aí tem de negociar com cada secretário.
O senhor tinha falado em reduzir os cargos de confiança (CCs), mas no projeto que foi à Assembleia não cortou nenhum.
No mínimo, terá um contingenciamento da ocupação dos CCs.
Já definiu o percentual?
Prefiro não adiantar.
Na campanha, o senhor falou em cortar no mínimo 20%.
É possível. E do orçamento também. Mas vai ter de ser adotado mais adiante. Estamos preocupados com a montagem do governo.
Mas os cortes terão de ser no início, já que janeiro e fevereiro a receita cresce com o IPVA, mas sua equipe prevê dificuldades para março ou abril.
Ninguém sabe direito como será. Por isso que sou muito cauteloso e não quero me antecipar nas medidas. Quero ver como se comportam o dia 1º e o dia 2. Dia 2 é uma sexta-feira, o dia seguinte é um sábado, depois o domingo, e como vai ser o resultado segunda-feira de tarde? Não quero criar pânico.
Vai tentar negociar cortes no orçamento dos outros poderes?
Evidentemente que vamos conversar com os outros poderes, explicar o que pensamos.
De imediato, o senhor terá de decidir se sancionará o projeto que veda o pagamento do auxílio-moradia. Já decidiu?
Essa é uma questão nacional.
É nacional, mas o senhor vai ter de sancionar ou vetar.
Minha assessoria vai me dizer qual é o melhor caminho. Em princípio, tenho de respeitar o que está colocado pelo parlamento.
Nesse cenário de aperto, o senhor está disposto a abrir mão de R$ 300 milhões por ano e implementar a lei que extingue o chamado Imposto de Fronteira?
Acredito que os microempresários estão sendo prejudicados. Vou criar as condições de diálogo para que ninguém seja penalizado.
Mas, neste caso, não há como todos saírem ganhando.
Tem de sentar todo mundo e encontrar uma maneira compatível.
Quem aprovou essa lei foi a sua futura base. O senhor se sente constrangido por não poder aplicar uma lei que seu vice e seu futuro secretário da Fazenda defenderam com ênfase?
Eles também saberão que é preciso se entender.
Na campanha, o senhor defendeu a exigência de cursos de gestão para diretores de escola. Quando porá a ideia em prática?
A formação passa a ser uma necessidade. O Estado tem dar condições para que o professor se qualifique e possa receber bem.
O senhor fala em pagar melhor, mas o Estado não cumpre a lei do piso. Pensa em propor mudanças no plano de carreira?
Mas isso é negociação. Alguém tem de abrir mão de alguma coisa. Tenho convicção de que o próprio Cpers mudou, deseja negociar.
A sua convicção é de que não há como pagar o piso sem mudar o plano de carreira?
Sei que o magistério não deseja mudanças. É preciso criar as condições para uma boa negociação.
O senhor foi buscar na Polícia Federal o secretário da Segurança. O que recomendou a ele?
Quero que continue fazendo o mesmo trabalho que vem fazendo em Mato Grosso do Sul.
Já o conhecia pessoalmente?
Tinha boas informações. Pessoalmente, conhecia o trabalho, por causa de uns amigos meus em Mato Grosso do Sul. Vocês vão conhecê-lo e ver que é uma pessoa muito simples, dedidaca, humilde, bom profissional e preparado.
Mas qual é a fórmula dele? Temos um problema aqui que é a falta de efetivo, e não há dinheiro para nomear mais gente.
Será o maior desafio. Teremos de dar o suficiente para que possa fazer um serviço de qualidade.
Ele sabe que a situação é tão difícil aqui?
Sabe.
Ele não sabia, por exemplo, que a Brigada Militar cuidava dos presídios aqui.
Mas ele está bem informado, com tranquilidade para esse papel.
Em quanto tempo pretende tirar a BM dos presídios?
Isso é difícil de contabilizar. Vai ter de ser feito aos poucos. O secretário sabe os caminhos. Mas ressalvo: o governo federal precisa investir mais em segurança e modificar a política penitenciária.
Quais serão as primeiras medidas do seu governo?
Pedir lealdade à equipe, integração, trabalho e conexão entre os programas sociais e as secretarias.
Que programas do atual governo o senhor vai manter?
Boa parte. Não vejo motivo para a gente retirar programas do ar.
A complementação de renda a quem recebe o Bolsa-Família vai continuar?
Não há como, no começo do governo, mudar isso. Imagine a crise que daria. Não sou daqueles que acha que aquilo que foi feito pelos outros não serve.
E a EGR, tão criticada na campanha, o senhor manterá?
Sim, com tranquilidade. Disse na campanha, não mudaria agora.
E para o resto das estradas, vai investir em parcerias público-privadas e em concessões?
Sempre. E vou estudar bem. Tanto que já colocamos na Secretaria de Planejamento as PPPs e concessões. Tem de preparar bem, saber quem vai fiscalizar, como vai ser, e ter o controle público.
Sartori disse que primeira medida que tomará ao assumir o cargo será pedir lealdade, integração e trabalho para sua equipe.
* Zero Hora
'Não sabia que a situação era tão difícil assim". Em entrevista a ZH, Sartori não diz o que fará nos primeiros meses de governo
por Rosane de Oliveira
Foto: Jonas Ramos / Agencia RBS
Quem quiser saber como será o governo de José Ivo Sartori precisa ler as entrelinhas de suas falas, interpretar as lacunas e dar sentido às palavras soltas. Com o argumento de que ainda não tomou posse, ele se recusa a dizer o que fará nos primeiros meses de governo, como enfrentará a crise financeira que se avizinha e quando adotará medidas de impacto.
Nas entrelinhas, admite que, na negociação com o magistério, vai propor mudanças no plano de carreira para pagar o piso salarial e espera disposição dos professores ao diálogo. Dá a entender que não aplicará a lei que extingue o Imposto de Fronteira, defendida com unhas e dentes por seus aliados quando estavam na oposição. Acena com a sanção à emenda que veda o pagamento de auxílio-moradia para magistrados, membros do Ministério Público e conselheiros do Tribunal de Contas. E admite que, se a crise apertar, conversará com outros poderes para pedir cota de sacrifício.
Na noite de segunda-feira, após conversar com ZH, Sartori deu entrevista ao vivo a jornalistas do Grupo RBS, na TVCOM. Questionado sobre possível aumento de impostos, negou, mas deixou uma brecha ao dizer que “isso não pode ser descartado totalmente”. As não respostas confirmam que o aviso dado quando chegou à RBS TV para a entrevista não era brincadeira:
– Pode perguntar, que não vou responder. Vou driblar.
Após saber dos números dos relatórios da equipe de transição, o senhor está assustado?
Sabíamos das dificuldades, mas não sabia que a situação era tão difícil assim. Vai muito além. Acho que mais assustado do que eu está o secretário da Fazenda.
Seu secretário da Fazenda tem dito que, por mais que se corte, não há dinheiro para financiar o déficit no curto prazo. Qual é a sua avaliação?
Não quero olhar para trás. Todos os governadores procuraram fazer o melhor. É uma realidade que está aí e a gente tem de provocar mudanças, fazer o reequilíbrio das finanças e criar condições para que minimamente o Estado volte a investir. Creio que temos de fortalecer o crescimento econômico, esperar que a gente tenha sorte, tenha uma boa produção agrícola.
Como fará para que entendam que a situação é crítica?
Governar com todos, ter transparência, colocar a verdade, inclusive sobre os números. Sempre disse e vou continuar dizendo que há uma realidade nova no ar.
Quando o senhor fala em transparência, a sua ideia, logo que tomar posse, é de escancarar a situação das finanças?
Com o cuidado para não ofender ninguém, mas eu acho que é necessário. No mínimo, para dialogar bem com a sociedade, setores, regiões, entidades e organizações.
Dentre as opções sugeridas pela equipe de transição, estaria elevação do ICMS para 2016. Vai ter aumento de imposto?
A sociedade nunca vai pedir aumento. Então, não vai ter. Não há espaço em uma época em que todo mundo reclama da tributação. É preciso encontrar maneiras de simplificar. Aí vêm várias questões, de substituição tributária, a não ser que se possa fazer algo a respeito de alguns produtos.
Seria repetir o governo Germano Rigotto, que aumentou o ICMS de combustíveis, energia e telecomunicações?
É preciso ter calma. Tem de ser caso pensado. Nos preparamos até agora para formar a equipe.
Os secretários têm reclamado que não sabem se escolherão os presidentes e diretores-gerais das instituições vinculadas. Quando o senhor fecha isso?
Há casos em que o governador vai escolher. Vamos constituir um grupo que fará, com o tempo necessário, um diagnóstico de todas as entidades do governo.
Pensa em extinguir órgãos considerados ineficientes?
Esse grupo vai avaliar. É possível, mas ainda não há como dizer.
Na campanha, o senhor falava em formar uma equipe que mesclasse técnicos e políticos, mas o seu secretariado é formado em sua maioria por políticos.
Boa parte deles são políticos e técnicos ao mesmo tempo.
Sabe-se que muitos técnicos recusaram. Foi difícil definir?
Isso é normal, tem gente que tem outras preocupações, problemas de família. Mas não foram muitos, não. Tem de louvar aqueles que aceitaram o desafio.
O senhor só tem uma mulher no secretariado. Não encontrou outras competentes no RS?
As mulheres vão ter o seu lugar adequado. Às vezes, é questão de momento, mas tenho certeza que dentro do governo vai aparecer.
Mas o seu secretariado está fechado e só tem a secretária Ana Pellini (Meio Ambiente).
Não, tem a primeira-dama também. Ela manda lá em casa, sinal de que não é o homem que manda. Sempre são as mulheres.
Existe a possibilidade de o senhor assumir sem fechar todos os cargos do segundo escalão?
Vamos levar um bom tempo para concluir todas as áreas do governo. Não dá para negar, não há condições de fazer isso de sopetão.
O senhor espera que integrantes do segundo escalão fiquem para passar o cargo ou prefere que o governador atual mande embora todos os CCs?
Estou pensando na possibilidade, e isso não está definido ainda.
Há risco de não fechar o quadro até 31 de dezembro?
Sim, mas aí tem de negociar com cada secretário.
O senhor tinha falado em reduzir os cargos de confiança (CCs), mas no projeto que foi à Assembleia não cortou nenhum.
No mínimo, terá um contingenciamento da ocupação dos CCs.
Já definiu o percentual?
Prefiro não adiantar.
Na campanha, o senhor falou em cortar no mínimo 20%.
É possível. E do orçamento também. Mas vai ter de ser adotado mais adiante. Estamos preocupados com a montagem do governo.
Mas os cortes terão de ser no início, já que janeiro e fevereiro a receita cresce com o IPVA, mas sua equipe prevê dificuldades para março ou abril.
Ninguém sabe direito como será. Por isso que sou muito cauteloso e não quero me antecipar nas medidas. Quero ver como se comportam o dia 1º e o dia 2. Dia 2 é uma sexta-feira, o dia seguinte é um sábado, depois o domingo, e como vai ser o resultado segunda-feira de tarde? Não quero criar pânico.
Vai tentar negociar cortes no orçamento dos outros poderes?
Evidentemente que vamos conversar com os outros poderes, explicar o que pensamos.
De imediato, o senhor terá de decidir se sancionará o projeto que veda o pagamento do auxílio-moradia. Já decidiu?
Essa é uma questão nacional.
É nacional, mas o senhor vai ter de sancionar ou vetar.
Minha assessoria vai me dizer qual é o melhor caminho. Em princípio, tenho de respeitar o que está colocado pelo parlamento.
Nesse cenário de aperto, o senhor está disposto a abrir mão de R$ 300 milhões por ano e implementar a lei que extingue o chamado Imposto de Fronteira?
Acredito que os microempresários estão sendo prejudicados. Vou criar as condições de diálogo para que ninguém seja penalizado.
Mas, neste caso, não há como todos saírem ganhando.
Tem de sentar todo mundo e encontrar uma maneira compatível.
Quem aprovou essa lei foi a sua futura base. O senhor se sente constrangido por não poder aplicar uma lei que seu vice e seu futuro secretário da Fazenda defenderam com ênfase?
Eles também saberão que é preciso se entender.
Na campanha, o senhor defendeu a exigência de cursos de gestão para diretores de escola. Quando porá a ideia em prática?
A formação passa a ser uma necessidade. O Estado tem dar condições para que o professor se qualifique e possa receber bem.
O senhor fala em pagar melhor, mas o Estado não cumpre a lei do piso. Pensa em propor mudanças no plano de carreira?
Mas isso é negociação. Alguém tem de abrir mão de alguma coisa. Tenho convicção de que o próprio Cpers mudou, deseja negociar.
A sua convicção é de que não há como pagar o piso sem mudar o plano de carreira?
Sei que o magistério não deseja mudanças. É preciso criar as condições para uma boa negociação.
O senhor foi buscar na Polícia Federal o secretário da Segurança. O que recomendou a ele?
Quero que continue fazendo o mesmo trabalho que vem fazendo em Mato Grosso do Sul.
Já o conhecia pessoalmente?
Tinha boas informações. Pessoalmente, conhecia o trabalho, por causa de uns amigos meus em Mato Grosso do Sul. Vocês vão conhecê-lo e ver que é uma pessoa muito simples, dedidaca, humilde, bom profissional e preparado.
Mas qual é a fórmula dele? Temos um problema aqui que é a falta de efetivo, e não há dinheiro para nomear mais gente.
Será o maior desafio. Teremos de dar o suficiente para que possa fazer um serviço de qualidade.
Ele sabe que a situação é tão difícil aqui?
Sabe.
Ele não sabia, por exemplo, que a Brigada Militar cuidava dos presídios aqui.
Mas ele está bem informado, com tranquilidade para esse papel.
Em quanto tempo pretende tirar a BM dos presídios?
Isso é difícil de contabilizar. Vai ter de ser feito aos poucos. O secretário sabe os caminhos. Mas ressalvo: o governo federal precisa investir mais em segurança e modificar a política penitenciária.
Quais serão as primeiras medidas do seu governo?
Pedir lealdade à equipe, integração, trabalho e conexão entre os programas sociais e as secretarias.
Que programas do atual governo o senhor vai manter?
Boa parte. Não vejo motivo para a gente retirar programas do ar.
A complementação de renda a quem recebe o Bolsa-Família vai continuar?
Não há como, no começo do governo, mudar isso. Imagine a crise que daria. Não sou daqueles que acha que aquilo que foi feito pelos outros não serve.
E a EGR, tão criticada na campanha, o senhor manterá?
Sim, com tranquilidade. Disse na campanha, não mudaria agora.
E para o resto das estradas, vai investir em parcerias público-privadas e em concessões?
Sempre. E vou estudar bem. Tanto que já colocamos na Secretaria de Planejamento as PPPs e concessões. Tem de preparar bem, saber quem vai fiscalizar, como vai ser, e ter o controle público.
Sartori disse que primeira medida que tomará ao assumir o cargo será pedir lealdade, integração e trabalho para sua equipe.
* Zero Hora
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