VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DESAFIO DE SARTORI É A DÍVIDA



ZERO HORA 27 de outubro de 2014 | N° 17965


EDITORIAL


Único Estado que até hoje não reelegeu governador desde a redemocratização, o Rio Grande do Sul confirmou ontem a tradição com a opção da maioria dos cerca de 8 milhões de gaúchos de votar majoritariamente no candidato José Ivo Sartori (PMDB). Com essa manifestação expressiva, o governador eleito tem o respaldo necessário para definir, de imediato, seu plano de ação para desfazer o nó que impede hoje a população de contar com serviços públicos em áreas essenciais com um mínimo de qualidade: o déficit orçamentário, resultante de um desequilíbrio crônico entre receita e despesa. É promissor, por isso, que tenha reiterado o discurso de união logo depois de eleito, dispondo-se a aceitar toda ajuda de “bom grado”. O Estado não tem mais como continuar impedido de agir por dificuldades financeiras que são históricas, se agravaram nas últimas administrações e, hoje, o mantêm inviabilizado.

De alguma forma, a gravidade das finanças gaúchas ajuda a explicar o fato de o governador Tarso Genro (PT) e os que o antecederam no cargo não terem conseguido assegurar mais um mandato, pelo desgaste que provoca. Essa é também uma das razões para o fato de os dois postulantes ao governo do Estado terem evitado entrar em detalhes sobre suas estratégias para enfrentar a situação, pelo temor de perder votos. Definida a eleição, este é o momento de o governador eleito deixar claro como pretende aproximar mais receita e despesa, retomando investimentos.

Tanto o governador eleito, José Ivo Sartori, quanto os eleitores e seus representantes legislativos precisam se mostrar conscientes em relação a um aspecto: não há saídas fáceis para uma situação tão grave como a do Estado. O leque de alternativas emergenciais, como os recursos do caixa único, se esgotou. Um alívio nos compromissos da dívida – superior ao que se encontra em exame pelo Senado – depende em muito da boa vontade do governo federal. Daí a necessidade de o futuro governador se mostrar hábil para definir uma união acima dos interesses político-partidários em favor do Estado.

Os gaúchos têm razões para cobrar condições que permitam serviços públicos de mais qualidade. O pressuposto para essa retomada é o equilíbrio das finanças públicas, que cabe ao governador eleito definir como prioridade.

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