ZERO HORA 25 de outubro de 2014 | N° 17963
RAFAEL DIEHL FABRÍCIO
Em junho de 2013, a população brasileira, de forma espontânea, expressou, claramente e de forma pacífica, que não aceita mais a continuidade da visão de ser o país um gigante que dorme eternamente. Por isso, foi para as ruas exigir mudanças da classe política.
O voto consciente é, deveras, a melhor opção para uma mudança sociopolítica significativa. Grande parte da população brasileira é extremamente mal informada a respeito de política e vota nos candidatos nos quais acredita piamente. Desta forma, por vezes são eleitos inúmeros corruptos, conservadores e pessoas incapazes de realizar suas ambiciosas promessas.
Renomados sábios, como Maquiavel e Rousseau, não defendiam a democracia. Aquele argumentava que, para uma nação se manter estável, seu líder deve utilizar o pragmatismo para sustentar seu poder, fazendo uso inclusive da violência se for preciso. Rousseau defendia a tese de que deveria ser utilizada a razão, e não o voto da maioria, para as decisões políticas.
É melhor e mais adequado, no entanto, seguir outro caminho, pois é justo preservar o pensamento e as escolhas da maioria. Essa foi a origem da democracia, quando ela nasceu: na ágora, a praça das cidades gregas, o povo se reunia e decidia os rumos da sociedade, conforme a vontade dos votos que predominavam. Mais de 2.500 anos depois, essa lição ainda perdura.
Devemos, portanto, valorizar o que conquistamos após uma luta árdua: a democracia. Não estamos praticando esta invenção grega de forma plena, pois os candidatos eleitos, com frequência, são muito fracos. É preciso, além do voto consciente em pessoas sérias, honestas e justas, a reclamação das promessas após a posse no cargo. Vamos construir, juntos, um Brasil melhor.
Estudante do 3º ano do Ensino Médio
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