VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

MAIS DESCONSTRUIR DO QUE SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS



JORNAL DO COMERCIO 22/10/2014


EDITORIAL




Desta campanha política, tanto em nível nacional quanto regional, há duas constatações vencedoras: o nível pouco educado no qual vingou a palavra “desconstruir” adversários, e as pesquisas eleitorais, que falharam rotundamente. O povo não gosta de ataques pessoais, mas sim de propostas para as reivindicações que norteiam o País e o Rio Grande do Sul, mesmo sabendo que temos quatro pessoas honradas disputando a presidência da República e o governo do Rio Grande do Sul. Mas o que vencer terá que trabalhar e muito, no caso gaúcho, para reverter o quadro de dívidas e penúria financeira que temos há muitos anos.

A campanha no segundo turno baixou o nível e os debates ainda mais com ataques e contra-ataques do que proposições, obrigando até mesmo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) agisse para coibir os excessos e lembrasse que o horário eleitoral à disposição dos candidatos é pago pela isenção posterior de tributos para as empresas de rádios e TVs. Prova da importância geopolítica do Brasil é que até atores e atrizes de Hollywood manifestaram suas preferência para este ou aquele candidato a presidente da República.

Acusações, no primeiro turno, desmotivaram muitos eleitores, os quais preferiram escolher um terceiro nome entre os que não estavam liderando as intenções de voto, segundo as pesquisas. No entanto, as campanhas eleitorais têm a tradição das promessas, algumas mirabolantes e nas quais, a rigor, sequer os próprios candidatos acreditam. Porém, poucos de nós talvez folguem ser enganados com promessas e esperanças, mesmo que suspeitem que não serão realizadas.

Há políticos que defendem por um tempo as mesmas opiniões que combateram nos seus adversários. No entanto, os anos modificam o entendimento, da mesma forma que alteram as suas fisionomias. O combate à inflação é importante e os programas sociais de inclusão devem ser mantidos, com aprimoramentos. Temos tanto o que fazer e poucos recursos financeiros que a parcimônia precisa ser uma regra de ouro na hora dos gastos. Porém, desde já, que o presidente e o governador eleitos mantenham todas as obras em andamento e as que estão programadas. Elas pertencem ao País e ao Rio Grande do Sul, não a este ou àquele governo, embora não se possa descurar de identificar quem as fez ou projetou.

A divulgação dos erros administrativos públicos trouxe à tona, pela undécima vez, a catilinária de que a imprensa está tomando partido nas eleições.

Aos jornais, rádios e TVs cabe a obrigação de averiguar, de serem os olhos e ouvidos da população. E um governo dificilmente deixará de acobertar em seu meio pessoas sem escrúpulos. Punir corruptos e corruptores com uma legislação mais enxugada é primordial para que acabe a sensação de impunidade que reina no País. Também economizar, eleger prioridades, terminar obras iniciadas, avançar nos programas sociais e fortalecer a educação acima de tudo, pois ela é a base da sociedade do futuro. Vamos construir o País e o Estado e deixar de lado a tal de “desconstrução” desse ou daquele candidato. Ao terminarem os seus mandatos, os eleitos neste domingo poderão, aí sim, se ufanar do que fizeram e mostrar aos brasileiros e gaúchos que, com organização, planejamento e métodos, muito será feito, sempre

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