VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

PF ANALISA SE HOUVE ARMAÇÃO EM DEPOIMENTO DE DOLEIRO


ZH 31 de outubro de 2014 | N° 17969


CASO PETROBRAS. VAZAMENTO DE INFORMAÇÕES

Polícia Federal analisa armação em depoimento de Youssef


DEFESA DO DOLEIRO nega suposto pedido para retificar a declaração que teria gerado acusação de que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula saberiam de desvios feitos em contratos da estatalHá uma guerra de versões em torno das declarações do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de corrupção da Petrobras, em depoimento à Polícia Federal (PF). Conforme a revista Veja, que transformou o assunto em matéria de capa na semana passada, durante depoimento ele teria afirmado que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam dos desvios na estatal.


Na quarta-feira, o jornal O Globo informou que a PF suspeita que a fala do doleiro teria sido “estimulada”, com a finalidade de causar impacto na corrida presidencial. No dia 21, Youssef prestara um depoimento, como vinha fazendo desde o início da delação premiada. No dia seguinte, um de seus advogados pediu para fazer uma retificação no depoimento anterior. No interrogatório, perguntou quem mais, além das pessoas já citadas pelo doleiro, sabia do suposto esquema de distribuição de propinas na Petrobras.

Youssef teria dito, então, acreditar que, pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem. A partir daí, concluiu-se a “retificação” do depoimento, segundo informou O Globo. De acordo com a reportagem, a PF investiga como o depoimento de Youssef vazou. A suspeita recai sobre a defesa do doleiro.

No jornal Valor de ontem, o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, coordenador da defesa do doleiro, negou que tenha sido realizada uma retificação no depoimento prestado por Youssef no dia anterior.

– Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo – disse Basto.

Conforme o texto, Youssef teria dito, “em conversas informais com advogados e investigadores”, que achava “muito difícil” o presidente da República não ter conhecimento sobre o esquema, responsável por desviar bilhões da Petrobras. Ainda de acordo com o jornal, Youssef teria dito que “todo mundo lá em cima sabia” dos desvios, mas não citou nomes ou apresentou provas. A declaração seria apenas uma opinião, não um fato. Contudo, a delação premiada exige veracidade dos fatos para que o declarante obtenha o benefício. O doleiro se comprometeu a dizer o que sabe sobre o esquema em troca da redução da pena que possa ter de cumprir.

ADVOGADO DIZ NÃO TER VÍNCULO PARTIDÁRIO


No dia 23, faltando três dias para o segundo turno da eleição presidencial, trechos do depoimento foram publicados pela revista Veja, com a informação de que o doleiro teria dito que Dilma e Lula sabiam do suposto esquema na Petrobras. A reportagem foi tachada de “terrorismo eleitoral” pela presidente Dilma. Além de Veja, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem dizendo que Youssef teria indicado conhecimento de Lula e Dilma sobre o esquema.

O advogado do doleiro nega ter relação com o PSDB. Entre 2011 e 2012, Basto integrou o conselho de administração da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), durante o governo de Beto Richa (PSDB), reeleito em outubro.

– Eu não tenho nenhuma relação com o PSDB. Me desliguei em 2002 do conselho da Sanepar. Não tenho vínculo partidário e nem pretendo ter. – disse Basto ao jornal Valor.

Nenhum comentário: