VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 25 de abril de 2015

A CORDA ESTÁ SE ROMPENDO



ZERO HORA 25 de abril de 2015 | N° 18143


RICARDO RUSSOWSKY*



E os empregos? Em baixa diante da deterioração geral da economia brasileira, os postos de trabalho encolhem assustadoramente, segundo dados do IBGE, e chegam à marca dos 7,45% neste primeiro trimestre. A disponibilidade de vagas continua em ritmo menor do que a expansão da força de trabalho. Apuradas em seis regiões metropolitanas, as pesquisas do IBGE apontam para resultados piores por conta da desaceleração ainda maior nas grandes capitais.

As empresas enxugam quando a recessão bate à porta, num ciclo vicioso entre a recessão e o desemprego. Já se percebe que a degradação do quadro econômico, ao ceifar empregos e dificultar a continuidade dos ganhos de renda, pode forçar muitos jovens a acelerar sua entrada no mercado de trabalho num momento desfavorável, inflando a busca por trabalho.

Novamente vamos viver o ciclo de punição dos mais frágeis, que serão afetados com rapidez, nos próximos meses, pelo avanço do desemprego. O que fazer? Na verdade, muito pouco. A não ser lamentar que muitos dos incluídos estejam perdendo ou prestes a perder a única coisa que lhes garante o valor de ter conquistado mais educação, mais pensamento crítico e melhores condições de tomar ciência do mundo em que vivem.

Afinal, os brasileiros estão presenciando os dois lados da imaginação criada, sob medida, para vencer as eleições. Só temos que lamentar tamanho equívoco e aguardar, com devoção, as possibilidades de uma virada.

Enquanto isto, viveremos num país mais triste, mais sombrio e com menos inovação, sem brilho e sem vigor para tocar a vida para a frente e chegar a algum lugar onde todos possam comemorar, cada um de sua forma.

Estamos vivenciando o processo da flexibilização do horário do trabalho – o primeiro passo para o quadro de desalento e que pode ser a antessala para as demissões. As empresas evitam ou adiam as demissões por uma questão de responsabilidade social e, ainda, para não desperdiçar o investimento em formação e aperfeiçoamento profissional, na tentativa de preservar o capital humano.

Até quando?

Em quanto tempo a corda vai romper-se?

*Presidente da Federasul

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