ZERO HORA ONLINE - 10/04/2015 | 22h43
por Eduardo Matos
Heinze diz que sabia do esquema de corrupção na Petrobras. Declarações foram feitas em março à Rádio Cultura, de São Borja, e enviadas ao STF
Deputado federal do PP está entre os investigados Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara
O ministro Teori Zavascki recebeu ofício da Câmara de Vereadores de São Borja com a transcrição de uma entrevista do deputado Luis Carlos Heinze, do Partido Progressista, à Rádio Cultura. O magistrado é o relator dos processos da Operação Lava-Jato. Na entrevista, o parlamentar admite que sabia do esquema de corrupção na Petrobras e dentro do próprio partido. O requerimento para envio da entrevista foi aprovado pelos vereadores, em votação que acabou em 8 a 6 em 24 de março.
"...conheço esse assunto de longa data, desde o tempo do Mensalão, quando Paulo Roberto Costa foi indicado por José Janene (ex-deputado do PP, já falecido) pra fazer parte da diretoria da Petrobras", disse o deputado, na entrevista concedida em 9 de março.
O parlamentar deu mais detalhes de como funcionava o esquema de corrupção: "Sabia que faziam a distribuição desses recursos que vinham todos os meses da Petrobras. Faziam lá, primeiro no apartamento do Janene, depois do Pizzolatti (João Pizzolatti). Achei que tinha parado. E sabia que colegas de partido recebiam essa mesada. E achei que tinha parado e agora a gente vê essas declarações do Youssef (doleiro Alberto Youssef) e do Paulo Roberto que continuarão essas mesadas para o Partido Progressista", disse Heinze.
Perguntado pelo apresentador se ele sabia da participação dos líderes do PP no esquema, Heinze complementou: "Estão envolvidos, sim. Eu sei que recebiam esse dinheiro", disse o deputado.
Na entrevista, de 14 minutos, Heinze também negou qualquer participação no esquema de desvios na Petrobras, como já havia dito à Rádio Gaúcha em entrevista no dia 6 de março, data em que o STF determinou a abertura de investigação.
"Nunca entregaram pra mim. Nunca participei dessa situação", afirmou o deputado. Heinze não atendeu aos telefonemas da Rádio Gaúcha. Zero Hora também tentou contato com o parlamentar, sem sucesso.
por Eduardo Matos
Heinze diz que sabia do esquema de corrupção na Petrobras. Declarações foram feitas em março à Rádio Cultura, de São Borja, e enviadas ao STF
Deputado federal do PP está entre os investigados Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara
O ministro Teori Zavascki recebeu ofício da Câmara de Vereadores de São Borja com a transcrição de uma entrevista do deputado Luis Carlos Heinze, do Partido Progressista, à Rádio Cultura. O magistrado é o relator dos processos da Operação Lava-Jato. Na entrevista, o parlamentar admite que sabia do esquema de corrupção na Petrobras e dentro do próprio partido. O requerimento para envio da entrevista foi aprovado pelos vereadores, em votação que acabou em 8 a 6 em 24 de março.
"...conheço esse assunto de longa data, desde o tempo do Mensalão, quando Paulo Roberto Costa foi indicado por José Janene (ex-deputado do PP, já falecido) pra fazer parte da diretoria da Petrobras", disse o deputado, na entrevista concedida em 9 de março.
O parlamentar deu mais detalhes de como funcionava o esquema de corrupção: "Sabia que faziam a distribuição desses recursos que vinham todos os meses da Petrobras. Faziam lá, primeiro no apartamento do Janene, depois do Pizzolatti (João Pizzolatti). Achei que tinha parado. E sabia que colegas de partido recebiam essa mesada. E achei que tinha parado e agora a gente vê essas declarações do Youssef (doleiro Alberto Youssef) e do Paulo Roberto que continuarão essas mesadas para o Partido Progressista", disse Heinze.
Perguntado pelo apresentador se ele sabia da participação dos líderes do PP no esquema, Heinze complementou: "Estão envolvidos, sim. Eu sei que recebiam esse dinheiro", disse o deputado.
Na entrevista, de 14 minutos, Heinze também negou qualquer participação no esquema de desvios na Petrobras, como já havia dito à Rádio Gaúcha em entrevista no dia 6 de março, data em que o STF determinou a abertura de investigação.
"Nunca entregaram pra mim. Nunca participei dessa situação", afirmou o deputado. Heinze não atendeu aos telefonemas da Rádio Gaúcha. Zero Hora também tentou contato com o parlamentar, sem sucesso.
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