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sexta-feira, 29 de junho de 2012

ATENÇÃO ÀS EMERGÊNCIAS


ZERO HORA 29 de junho de 2012 | N° 17115

EDITORIAL

A multiplicação, na Capital e em municípios da Região Metropolitana, de incidentes protagonizados por pacientes e familiares indignados com a demora no atendimento das emergências de hospitais chama a atenção para a situação caótica da saúde pública, mas também para excessos que não podem ser tolerados. Saúde pública é um tema relacionado diretamente ao sofrimento de seres humanos e à busca, em muitos casos desesperada, de um gesto de socorro por parte de profissional da área médica. Não tem, portanto, como se transformar em caso de polícia. O tema requer uma atenção rápida das autoridades no sentido de humanizar o atendimento e prestar informações corretas aos usuários da rede pública.

O que os pacientes não podem admitir, obviamente, é a tentativa, ensaiada agora por representantes de municípios mais problemáticos na área de emergência hospitalar, de se eximirem de suas responsabilidades, transferindo-as para a falta de alternativas nas unidades básicas – e vice-versa. Ao ser instituído, de fato, o Sistema Único de Saúde (SUS) baseava-se na ênfase à prevenção, com a massificação do atendimento ambulatorial, de forma a deixar as emergências dos hospitais para os casos realmente graves. Com raras exceções, porém, as administrações municipais e estaduais pouco se interessaram em enfrentar essa falha, que está entre as razões da falência no atendimento.

Assim como já vem ocorrendo nas instituições particulares, que não se prepararam adequadamente para atender ao aumento da demanda provocada pela explosão na procura por planos privados de saúde, também o setor público não investe o suficiente. O resultado são demoras inconcebíveis de até 13 horas para um atendimento de urgência, que cada vez mais provoca tensões em pacientes e familiares. A solução, obviamente, não ocorrerá por meio de agressões a profissionais da área ou a bens públicos, mas de decisões políticas que levem a investimentos tanto nas unidades básicas quanto nas emergências hospitalares.

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