ZERO HORA 30 de junho de 2012 | N° 17116
PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA
No embalo da economia
Mais uma vez, a economia é a explicação para a aprovação recorde do governo da presidente Dilma Rousseff, detectada na mais recente pesquisa do Ibope, encomendada pela Federação Nacional da Indústria. A aprovação do governo subiu de 56% para 59%. A aprovação pessoal de Dilma é ainda mais elevada: 77%, percentual que se mantém estável nos últimos levantamentos. Em seu segundo ano de governo, Dilma ostenta uma avaliação melhor do que a dos seus antecessores imediatos, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.
As três áreas de melhor avaliação na comparação com a pesquisa feita em março foram exatamente as ligadas à economia: taxa de juros (49% de aprovação), combate à inflação (46%) e impostos (31%).
O levantamento do Ibope, feito nos dias 16 a 19 de junho, coincide com um período de boas notícias na economia e de estabilidade na área política. Nos últimos meses, o governo não enfrentou denúncias significativas, não houve queda de ministros e o caso Carlinhos Cachoeira não chegou a respingar no Planalto, apesar de a Delta ser uma das principais construtoras que executam obras do PAC.
Mais do que a serenidade nas águas da política, a explicação para o bom desempenho da presidente deve ser buscada nas medidas que o governo adotou para enfrentar a crise e no empenho pessoal da presidente na redução das taxas de juros, com pressão sobre os bancos privados para estenderem ao consumidor a queda da Selic. O pacote mais recente, voltado para a produção, foi lançado quando a pesquisa já estava concluída.
O crédito farto, somado à redução do IPI dos móveis e eletrodomésticos da linha branca – prorrogada ontem – e dos automóveis, vem garantindo altos níveis de consumo e de emprego. Esse cenário dá aos brasileiros a sensação de que o país vem resistindo à crise europeia sem sobressaltos, mas os sinais no horizonte são preocupantes. A cada nova previsão, os especialistas reduzem um pouco a expectativa de crescimento do PIB neste ano, o que obriga o governo a lançar mão de medidas para evitar a recessão. Dilma e seus ministros sabem que, se a crise apertar e o desemprego crescer, a avaliação do governo fatalmente cairá.
Assim como nas pesquisas anteriores, a aprovação geral do governo contrasta com o fraco desempenho em áreas fundamentais, como saúde e educação. A desaprovação na área da saúde, por exemplo, passou de 63% para 66%. Na educação, o índice dos que desaprovam as políticas do governo aumentou de 47% para 54%.
No embalo da economia
Mais uma vez, a economia é a explicação para a aprovação recorde do governo da presidente Dilma Rousseff, detectada na mais recente pesquisa do Ibope, encomendada pela Federação Nacional da Indústria. A aprovação do governo subiu de 56% para 59%. A aprovação pessoal de Dilma é ainda mais elevada: 77%, percentual que se mantém estável nos últimos levantamentos. Em seu segundo ano de governo, Dilma ostenta uma avaliação melhor do que a dos seus antecessores imediatos, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.
As três áreas de melhor avaliação na comparação com a pesquisa feita em março foram exatamente as ligadas à economia: taxa de juros (49% de aprovação), combate à inflação (46%) e impostos (31%).
O levantamento do Ibope, feito nos dias 16 a 19 de junho, coincide com um período de boas notícias na economia e de estabilidade na área política. Nos últimos meses, o governo não enfrentou denúncias significativas, não houve queda de ministros e o caso Carlinhos Cachoeira não chegou a respingar no Planalto, apesar de a Delta ser uma das principais construtoras que executam obras do PAC.
Mais do que a serenidade nas águas da política, a explicação para o bom desempenho da presidente deve ser buscada nas medidas que o governo adotou para enfrentar a crise e no empenho pessoal da presidente na redução das taxas de juros, com pressão sobre os bancos privados para estenderem ao consumidor a queda da Selic. O pacote mais recente, voltado para a produção, foi lançado quando a pesquisa já estava concluída.
O crédito farto, somado à redução do IPI dos móveis e eletrodomésticos da linha branca – prorrogada ontem – e dos automóveis, vem garantindo altos níveis de consumo e de emprego. Esse cenário dá aos brasileiros a sensação de que o país vem resistindo à crise europeia sem sobressaltos, mas os sinais no horizonte são preocupantes. A cada nova previsão, os especialistas reduzem um pouco a expectativa de crescimento do PIB neste ano, o que obriga o governo a lançar mão de medidas para evitar a recessão. Dilma e seus ministros sabem que, se a crise apertar e o desemprego crescer, a avaliação do governo fatalmente cairá.
Assim como nas pesquisas anteriores, a aprovação geral do governo contrasta com o fraco desempenho em áreas fundamentais, como saúde e educação. A desaprovação na área da saúde, por exemplo, passou de 63% para 66%. Na educação, o índice dos que desaprovam as políticas do governo aumentou de 47% para 54%.
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