CORREIO DO POVO, 30/06/2012
Justiça vai priorizar combate ao caixa 2. Juíza diz que contas dos candidatos devem refletir o efetivamente gasto
Denise pede a atenção do Judiciário sobre recursos não contabilizados
Crédito: Paulo Nunes
Em
palestra ministrada ontem para os juízes eleitorais gaúchos, a
coordenadora de Controle Interno do TRE de Santa Catarina disse que o
combate ao caixa 2 nas campanhas deve ser a principal preocupação das
instituições responsáveis por garantir a lisura do processo eleitoral.
Segundo Denise Goulart Schlickmann, a Justiça Eleitoral dispõe de
ferramentas que detectam a ocorrência da irregularidade. Por se tratar
de um crime muito comum, entretanto, pondera que a fiscalização só terá
sucesso se contar com atenção especial. "Então, todo o esforço deve ser
empreendido nesse sentido, para que as contas reflitam de fato aquilo
que foi arrecadado e gasto nas campanhas eleitorais", recomendou.
Denise
também comentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que anunciou
ontem o fim da exigência da aprovação das contas para a quitação das
contas eleitorais para a homologação dos registros. Disse entender que a
mudança é negativa, pois colide frontalmente com todo o esforço pela
moralização da política. Entretanto, ponderou que a decisão do TSE foi
coerente, uma vez que restabelece o texto original. "Em 2009, o
Congresso acabou com a exigência, dizendo que só a apresentação bastava.
Mas o TSE vinha mantendo sua resolução. Na quinta-feira mudou de
posição de novo", explicou. Ela concluiu afirmando que a manutenção da
resolução anterior, por parte do TSE, poderia levar a uma batalha
judicial no STF. "Se eu fosse responsável por criar leis para me
fiscalizar, eu não seria muito rígida. É o que eles fazem", comentou,
referindo-se aos políticos brasileiros.
Denise
esclareceu ainda que os partidos podem usar o dinheiro do fundo
partidário para financiar as campanhas, mas alertou que se os gastos não
forem regulares, "terão que devolver os recursos para o Tesouro
Nacional". O Ciclo de Debates sobre Direito Eleitoral, organizado pelo
TRE-RS para subsidiar o trabalho dos juízes, durante as eleições,
termina na próxima segunda-feira, com uma palestra sobre condutas
vedadas no pleito.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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