ZERO HORA 05 de agosto de 2013 | N° 17513
EDITORIAIS
Indiferente à pressão das ruas em favor de mudanças profundas no jeito de atuação do setor público, a Câmara Federal desistiu de vez de aprovar uma reforma política para valer já em 2014. E, ao invés de ousar, como recomendaria o bom senso, prepara um conjunto de mudanças na legislação eleitoral que vai na contramão das aspirações populares. Os brasileiros não podem mais continuar sob novas regras a cada eleição, sempre de acordo com a conveniência dos políticos.
A minirreforma que deve entrar em pauta nesta semana, com a retomada dos trabalhos legislativos no segundo semestre, prevê um conjunto de medidas que, em grande parte, significa um retrocesso no quadro existente hoje. Isso porque, entre as pretensões, estão a redução na punição para candidatos que cometem irregularidades e até mesmo a eliminação de exigências de plano de governo – uma inovação que os eleitores ainda nem encontraram tempo para comemorar.
Diante da resistência histórica dos parlamentares em debater e aprovar uma reforma que realmente contribua para aperfeiçoar a democracia e dar uma resposta à altura das cobranças feitas em protestos de rua, as mudanças previstas não chegam a surpreender. Ainda assim, é deplorável que os parlamentares decidam simplesmente voltar as costas às demandas populares, resistindo em abrir mão do que consideram riscos a conquistas pessoais dos políticos.
Em qualquer democracia, é natural que ocorram ajustes frequentes às transformações exigidas pelo jogo político. A questão é que, no Brasil, pela falta de vontade do Congresso de enfrentar uma verdadeira reforma nessa área, os eleitores precisam se submeter a mudanças a cada pleito, o que só contribui para gerar ainda mais descrédito na política.
EDITORIAIS
Indiferente à pressão das ruas em favor de mudanças profundas no jeito de atuação do setor público, a Câmara Federal desistiu de vez de aprovar uma reforma política para valer já em 2014. E, ao invés de ousar, como recomendaria o bom senso, prepara um conjunto de mudanças na legislação eleitoral que vai na contramão das aspirações populares. Os brasileiros não podem mais continuar sob novas regras a cada eleição, sempre de acordo com a conveniência dos políticos.
A minirreforma que deve entrar em pauta nesta semana, com a retomada dos trabalhos legislativos no segundo semestre, prevê um conjunto de medidas que, em grande parte, significa um retrocesso no quadro existente hoje. Isso porque, entre as pretensões, estão a redução na punição para candidatos que cometem irregularidades e até mesmo a eliminação de exigências de plano de governo – uma inovação que os eleitores ainda nem encontraram tempo para comemorar.
Diante da resistência histórica dos parlamentares em debater e aprovar uma reforma que realmente contribua para aperfeiçoar a democracia e dar uma resposta à altura das cobranças feitas em protestos de rua, as mudanças previstas não chegam a surpreender. Ainda assim, é deplorável que os parlamentares decidam simplesmente voltar as costas às demandas populares, resistindo em abrir mão do que consideram riscos a conquistas pessoais dos políticos.
Em qualquer democracia, é natural que ocorram ajustes frequentes às transformações exigidas pelo jogo político. A questão é que, no Brasil, pela falta de vontade do Congresso de enfrentar uma verdadeira reforma nessa área, os eleitores precisam se submeter a mudanças a cada pleito, o que só contribui para gerar ainda mais descrédito na política.
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