VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

GOVERNO É GOVERNO

FOLHA.COM, 07/08/2013

FERNANDO RODRIGUES



BRASÍLIA - Não se consumou na sua totalidade o clima beligerante pós-recesso no Congresso. O Planalto deve contabilizar derrotas, mas levará o que for relevante para a Justiça. É a política seguindo seu rumo.

O governo também tem a seu favor um grande novo escândalo na praça, com os tucanos amedrontados em razão das acusações de fraude no Metrô de São Paulo.

Coincidência maior não poderia haver. A depauperação da imagem dos políticos começou por causa de protestos de rua pedindo, sobretudo, transporte público melhor. Menos de dois meses depois, descobre-se que, em São Paulo, esse serviço é ainda ruim, entre outras razões, devido à corrupção de empresas em algum tipo de conluio com gente de governos do PSDB paulista.

O caso do Metrô de São Paulo é só mais um alerta sobre a impossibilidade de fazer afirmações peremptórias sobre as eleições de 2014. O que vale nessas horas é a máxima "governo é governo", um pleonasmo antigo com ares de axioma político.

Tome-se o caso de Dilma Rousseff. A presidente cometeu erros de forma e conteúdo ao tentar dar respostas à demanda das ruas. Ainda assim, ocupou mais espaços do que todos os seus adversários juntos. Não tenho levantamento científico a respeito, mas parece evidente que Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos tiveram menos exposição do que a petista nos últimos 45 dias.

É que... governo é governo. Se Dilma resolve propor um plebiscito para fazer a reforma política, entorpece o Congresso e a mídia durante semanas. Por mais escalafobética e fora de hora que seja a formatação da ideia, quem há de ser contra consultar os eleitores a respeito de como melhorar a política brasileira?

Só que toda essa operação "salva Dilma" ainda não garante o vaticínio do marqueteiro oficial, João Santana, sobre a petista recuperar sua popularidade em quatro meses. O prazo vence em outubro. Aguardemos.

Nenhum comentário: