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sábado, 10 de agosto de 2013

AGENDÔMETRO DE DILMA

REVISTA ISTO É N° Edição: 2282 | 09.Ago.13 - 20:40 | Atualizado em 10.Ago.13 - 11:59

Raio X das audiências mostra que dez ministros estiveram com a presidenta apenas duas vezes em três anos e meio

Claudio Dantas Sequeira



MÁQUINA INCHADA
Dilma defende a manutenção de 39 ministérios, mas agenda mostra
que há auxiliares que nem sequer foram recebidos até hoje por ela

A presidenta Dilma Rousseff tem resistido duramente à ideia de enxugar a máquina administrativa. Para ela, todos os 39 ministérios são importantes para atender à demanda social por políticas públicas específicas. Mas o problema é que nem mesmo Dilma consegue despachar com tantos ministros, como revela um levantamento feito por ISTOÉ na agenda oficial da Presidência da República. Descobriu-se que, em 42 meses de mandato, mais da metade da equipe ministerial esteve com Dilma em audiência oficial no Palácio do Planalto no máximo dez vezes, o que dá uma média de quatro encontros por ano ou um por trimestre. Desse grupo, dez ministros só conseguiram ser recebidos pela presidenta duas vezes entre janeiro de 2011 e julho deste ano.

Boa parte dos despachos diários, como se sabe, se dá por telefone e e-mail. Mas a agenda oficial continua sendo um indicador importantíssimo de gestão e sinaliza prestígio político. Basta saber que entre os dez ministros que mais frequentam o Palácio do Planalto, nove são do PT e só um do PMDB, o que pode explicar também a insatisfação dos aliados com o tratamento dispensado pelo governo.
No “agendômetro” de Dilma, quem lidera é Guido Mantega, com 100 audiências. Mesmo criticado, o ministro da Fazenda se mantém forte. Isso também acontece com Ideli Salvatti, de Relações Institucionais. Bombardeada pelo Congresso, a petista é tão habitué do gabinete quanto Aloizio Mercadante, que se tornou o homem forte do governo, além de Gleisi Hoffmann (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miriam Belchior (Planejamento), todos imexíveis.



No meio da tabela estão outros que, pelas funções estratégicas que desempenham, são menos ouvidos do que deveriam. Antonio Patriota, de Relações Exteriores, costuma ser chamado apenas antes de viagens internacionais. De outro lado, é sintomático que Leônidas Cristino (PSB), da Secretaria de Portos, tenha sido recebido por Dilma 14 vezes em 2011 e 2012, mas nenhuma este ano, justamente quando se aprovou a MP dos Portos – cuja proposta governista desagradou os socialistas. Na lista dos menos assíduos, encontram-se Luiza Bairros (Igualdade Racial) e Eleonora Menicucci (Políticas para Mulheres), que só estiveram com Dilma duas vezes em todo o mandato, apesar da enfática defesa da presidenta pela manutenção das pastas. Já Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Garibaldi Alves (Previdência Social) não despacham no Planalto desde 2011.


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