ZERO HORA 11 de agosto de 2013 | N° 17519
PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA
A dívida do Rio Grande do Sul com a União lembra aqueles contratos do antigo Banco Nacional da Habitação (BNH), em que o comprador de um imóvel pagava a prestação por 30 anos e, ao final do contrato, devia mais do que o valor da casa ou apartamento. Em 2027, depois de pagar religiosamente 13% da receita líquida todos os meses, o Estado estará devendo mais do que quando assinou o contrato de renegociação. A diferença é que no BNH a quitação era automática, por um fundo criado para esse fim. Os Estados terão de pagar o resíduo, estendendo a penúria por mais 10 anos.
Nos últimos anos, os governadores alimentaram a fantasia de uma renegociação que reduzisse o índice de comprometimento da receita, mas o máximo que o Ministério da Fazenda aceitou foi propor ao Congresso a redução da taxa de juro e a alteração do índice de correção do saldo devedor. A expectativa é de que o projeto seja votado até o fim do ano.
O minucioso trabalho da jornalista Juliana Bublitz sobre a dívida, estampado nesta edição, ajuda a entender por que faltam recursos para pagar melhor os professores, liquidar os precatórios, ampliar a oferta de serviços de saúde e oferecer mais segurança. Hoje, o Estado gasta praticamente tudo o que arrecada com o pagamento de servidores, das aposentadorias, da dívida e das despesas de custeio. Além de recorrer aos depósitos judiciais para financiar o déficit, tem de tomar empréstimos para garantir algum nível de investimento.
A estratégia do governo Tarso Genro é apostar na atração de investimentos para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas. O problema é que essa política depende de fatores externos sobres os quais o governo não tem controle.
PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA
A dívida do Rio Grande do Sul com a União lembra aqueles contratos do antigo Banco Nacional da Habitação (BNH), em que o comprador de um imóvel pagava a prestação por 30 anos e, ao final do contrato, devia mais do que o valor da casa ou apartamento. Em 2027, depois de pagar religiosamente 13% da receita líquida todos os meses, o Estado estará devendo mais do que quando assinou o contrato de renegociação. A diferença é que no BNH a quitação era automática, por um fundo criado para esse fim. Os Estados terão de pagar o resíduo, estendendo a penúria por mais 10 anos.
Nos últimos anos, os governadores alimentaram a fantasia de uma renegociação que reduzisse o índice de comprometimento da receita, mas o máximo que o Ministério da Fazenda aceitou foi propor ao Congresso a redução da taxa de juro e a alteração do índice de correção do saldo devedor. A expectativa é de que o projeto seja votado até o fim do ano.
O minucioso trabalho da jornalista Juliana Bublitz sobre a dívida, estampado nesta edição, ajuda a entender por que faltam recursos para pagar melhor os professores, liquidar os precatórios, ampliar a oferta de serviços de saúde e oferecer mais segurança. Hoje, o Estado gasta praticamente tudo o que arrecada com o pagamento de servidores, das aposentadorias, da dívida e das despesas de custeio. Além de recorrer aos depósitos judiciais para financiar o déficit, tem de tomar empréstimos para garantir algum nível de investimento.
A estratégia do governo Tarso Genro é apostar na atração de investimentos para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas. O problema é que essa política depende de fatores externos sobres os quais o governo não tem controle.
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