ZERO HORA 01/10/2014
Ana Amélia e Tarso travam confronto em último debate entre concorrentes ao Piratini. Senadora e governador trocaram acusações durante o programa, realizado pela RBS TV na noite desta terça-feira
Foto:
Marcelo Oliveira / Agencia RBS
José Ivo Sartori (PMDB), em terceiro lugar nas sondagens, Roberto Robaina (PSOL), Vieira da Cunha (PDT) e Edison Estivalete (PRTB) também distribuíram críticas.
Humberto Carvalho ficou de fora porque o PCB não tem representação na Câmara. Nos bastidores, o clima entre Tarso e Ana Amélia foi gelado. Na antessala do estúdio, eles permaneceram distantes. Só se cumprimentaram minutos antes de o confronto começar.
Assim que conseguiu, Tarso direcionou sua pergunta para Ana Amélia. Primeiro, relacionou a senadora à ex-governadora Yeda Crusius (PSDB). Em seguida, destacou o fato de que a gestão petista dá prioridade a gastos públicos e quis saber a posição da adversária sobre o assunto — a senadora defende corte de gastos e eficiência do Estado.
Em resposta, Ana Amélia acusou Tarso de ter usado “dinheiro do povo para fazer maracutaia”, lançando suspeitas sobre um contrato que teria sido assinado pela atual administração. Irritado, Tarso voltou a associar a oponente ao período em que Yeda esteve no Piratini e citou uma de suas realizações.
— O meu governo tem um centro de combate e controle à corrupção — afirmou Tarso.
Ana Amélia respondeu com sarcasmo:
— Pelo jeito este órgão que o senhor criou não funcionou, porque fez vista grossa a esse contrato.
Em outra situação, foi ela quem questionou Tarso, dessa vez sobre os acessos asfálticos prometidos e não concluídos pelo candidato do PT. Ele reconheceu que pretendia entregar 104 obras do tipo e que será possível finalizar apenas 60 — número que fez questão de destacar. Afirmou que não faltaram verbas, mas foram identificados problemas nos contratos deixados por Yeda.
Depois disso, os dois seguiram discutindo. Ana Amélia reclamou dos ataques de que é alvo no programa petista. Tarso voltou a pedir explicações à adversária a respeito do cargo de confiança (CC) que ocupou em 1986, quando trabalhou para o marido no Senado. As provocações e ironias seguiram até o fim do encontro, que terminou no início da madrugada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário