VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O PODER DO VOTO CONSCIENTE




ZH 01 de outubro de 2014 | N° 17939


CLAUDIO LAMACHIA




Mais uma vez, a OAB mobilizou a advocacia e a cidadania para receber denúncias e coibir a compra de votos, que em pleno ano de 2014 ainda são registradas em nosso país.

A Ordem ouviu os candidatos ao governo do Estado, em debates realizados por suas seccionais. Sempre propositiva, a entidade entregou a todos os candidatos à Presidência da República a “Carta do Contribuinte Brasileiro” por uma reforma tributária viável e sustentável.

Entre os objetivos da proposta estão: melhorar o ambiente de negócios e a competitividade do país; tornar o sistema fiscal mais simples e transparente e aperfeiçoar o modelo de transferências intergovernamentais e dos tributos compartilhados, promovendo um federalismo mais cooperativo e solidário.

Ao eleitor, cabe o voto consciente. É preciso garantir que os interesses defendidos pelos eleitos sejam sempre os da sociedade.

Por isso, a OAB, juntamente com mais de uma centena de entidades da sociedade civil, propõe alterações no atual modelo eleitoral, criando o que chamamos de “financiamento democrático”, em que o fundo partidário, já destinado às siglas, bem como as doações individuais, deverá estabelecer um novo patamar entre os concorrentes.

Não se trata de demonizar o empresariado ou diminuir a atividade política, mas este modelo cria uma relação nada saudável à democracia. Cerca de 95% dos valores gastos pelos partidos em campanhas eleitorais são provenientes de grandes empresas, como empreiteiras e bancos. As doações, na maioria das vezes, são descaracterizadas de qualquer alinhamento político, beneficiando partidos de todas as cores. A prática não se fixa em ideologias, mas ao benefício próprio.

Antes de definir seus candidatos, tenha certeza de que eles têm como verdadeiro princípio o avanço social e a efetivação dos direitos constitucionais.

O voto não tem preço, mas tem consequências. Portanto, é preciso escolher com sabedoria e responsabilidade.

*Advogado, vice-presidente da OAB nacional

Nenhum comentário: