JORNAL DO COMÉRCIO 01/10/2014
Karen Laba
A democracia se constitui na forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo e para o povo, o qual delega aos seus representantes, escolhidos pelo voto, o direito de tomar as decisões que favoreçam os interesses da sociedade. O sistema representativo do Brasil tem sofrido várias críticas ao longo dos anos, pois os representantes eleitos já não conseguem representar o povo e, em consequência, ocorre o desinteresse político por parte da sociedade. O que se observa no período eleitoral são as diversas maneiras que os candidatos têm buscado para conseguir a atenção do eleitor.
As propagandas eleitorais não têm dado conta e então é preciso apelar para novos meios, resultando nos milhares de materiais distribuídos todos os dias nas nossas ruas. Muitos reclamam da poluição visual e do excesso de propaganda, no entanto, como despertar o interesse das pessoas pela política? Não deveríamos ser os primeiros a pesquisar os nossos candidatos, seu histórico político, seus feitos e suas propostas? Sim, e é esse o nosso dever como cidadão.
Vamos imaginar a política como se fosse uma empresa, e nós, os seus gestores. Para contratarmos alguém para um cargo, certamente analisaríamos o currículo dessa pessoa, experiência profissional, personalidade e aspirações. Após contratarmos, prestaríamos atenção no trabalho que está sendo realizado. Assim como o contratante e o funcionário devem cumprir seus deveres, nós como cidadãos devemos cumprir também. Devemos escolher sabiamente nossos representantes, propor as nossas demandas, tornar prioridade os interesses da sociedade e constantemente fiscalizar o trabalho dos nossos representantes. Reivindicar todos os direitos para o cidadão é muito fácil, difícil é cumprir todos os nossos deveres como cidadão. Vamos realizar o trabalho que é delegado a todos nós! Como disse Brecht, “o analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce [...] o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio”.
Formanda do curso de Gestão Pública, Unipampa, Santana do Livramento
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