VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 5 de outubro de 2014

O PAÍS SOMOS NÓS



ZERO HORA 05 de outubro de 2014 | N° 17943


EDITORIAL


Votar consciente é lutar por um país melhor.
Acompanhar o voto até o final do mandato dos eleitos
é assumir o compromisso da brasilidade.



Este é um domingo especial na vida dos brasileiros, pois está reservado ao exercício prático de um direito individual, de um dever para com a nação e, acima de tudo, de uma faculdade indissociável da natureza humana: o poder da escolha. Independentemente de nossas crenças, de nossas ideologias, de nossa condição social e de nossa formação cultural, somos todos dotados de livre-arbítrio exatamente para fazermos opções presididas por nossa consciência e a democracia nos assegura formalmente essa autonomia para decidir. Por isso, hoje, ao assumir nosso papel de eleitores para escolher os governantes e parlamentares que nos representarão pelos próximos anos, estamos também representando o país. Nós somos o país. Se fizermos as escolhas certas, estaremos colaborando para torná-lo mais próspero, mais desenvolvido e mais feliz. Se fizermos escolhas erradas, arcaremos todos com as consequências.

Temos, portanto, um dilema comum: como saber se os políticos que se apresentam como candidatos cumprirão o que prometem e corresponderão às nossas expectativas? Não podemos saber por antecipação – e aí talvez esteja o aspecto mais desafiador da nossa tarefa eleitoral. Porém, apostar em pessoas não precisa ser uma loteria. Em primeiro lugar, é importante conhecê-las, ouvi-las, investigar suas histórias, avaliar suas ideias e posicionamentos, observá-las por todos os meios disponíveis para verificar se suas visões de mundo aproximam-se das nossas. A liberdade de imprensa e a facilidade de acesso às informações por meio das novas tecnologias nos garantem esse conhecimento. Não há mais desculpa para a ignorância.

Ainda que a investigação prévia ou o acompanhamento do noticiário, dos debates e da própria propaganda não garantam certezas absolutas sobre a idoneidade e a competência dos futuros governantes, esses procedimentos, todos ao alcance do eleitor, possibilitam escolhas mais sensatas e consistentes. Sempre haverá quem lembre que o eleitor tem também o direito de não escolher ninguém. É verdade. O voto branco ou nulo e mesmo a abstenção fazem parte desse livre-arbítrio de cidadania, desde que o indivíduo esteja plenamente consciente de que outras pessoas farão a escolha por ele. Nosso poder de escolha é tão imenso, que podemos utilizá-lo até mesmo para não escolher.

Mas o país precisa de nós, da nossa disposição e do nosso comprometimento. Como sugere o nosso hino, um filho desta pátria amada idolatrada não foge à luta. Votar consciente é lutar por um país melhor. Acompanhar o voto até o final do mandato dos eleitos é assumir o compromisso da brasilidade.

O Brasil somos nós – essa é uma condição irrenunciável de quem ama este país.


Nenhum comentário: