VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

BARÕES E CONSERVADORES




ZH 7 de outubro de 2014 | N° 17945

ELEIÇÕES 2014. UNS FICAM OUTROS SAEM

Como ficam os barões da política e os polêmicos conservadores

EM ESTADOS HISTORICAMENTE relacionados ao poder de famílias, houve quem reforçou e perdeu influência política. Entre os candidatos controversos, os principais se reelegeram

ALAGOAS
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), reforçou sua base de influência política em Alagoas. Renan Filho (PMDB) foi eleito governador no primeiro turno, com 52,16% dos votos. A família Calheiros ganha reforço de outro nome conhecido da política brasileira: Fernando Collor de Mello (PTB). Ele foi reeleito para mais oito anos de mandato no Senado por Alagoas, superando a concorrente Heloísa Helena (PSOL). Renan Filho e Collor, aliás, integraram a mesma chapa.
Em entrevista a uma emissora de TV local após a definição, Collor agradeceu os votos e declarou apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), que enfrentará Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.
– As pessoas dizem que ela não teria o carisma de um presidente, mas não é isso que está em jogo. Passamos por uma crise internacional, com registros de desemprego em massa na Europa, o que não ocorre no Brasil. Isso tem de ser lembrado – disse.
Partidos como PT e PC do B apoiaram Collor, que também recebeu reforço de parte dos aliados de Benedito “Biu” de Lira (PP), rival de Renan Filho na disputa pelo governo. A campanha ao Senado em Alagoas foi marcada pela grande diferença de estrutura e de recursos das duas principais candidaturas.
O ex-presidente gastou R$ 1,7 milhão nos dois primeiros meses de campanha – espalhou propaganda por todo o Estado e deslocava-se de helicóptero nas idas ao interior. A situação foi oposta à de 2006, quando Collor foi eleito pelo PRTB com apenas 27 segundos de tempo de TV.
Na época, derrotou nas urnas o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), hoje seu aliado. Heloísa Helena (PSOL) gastou cerca de R$ 50 mil na campanha. Dirigiu o próprio carro em viagens e montou comitê na casa de seu primeiro suplente, em Maceió.
PARÁ
Foi um pouco mais de 1% de votos a diferença que acirrou projeções para o segundo turno no Pará. Com 48,48%, o atual governador, Simão Jatene (PSDB), tenta ocupar o cargo pela terceira vez em disputa contra Helder Barbalho (PMDB), filho do senador Jader Barbalho que venceu o primeiro turno da eleição estadual com 49,88%.
A campanha tem sido tumultuada no Pará. Na semana passada, Jatene e Barbalho ampliaram os ataques, acirrando os ânimos entre eleitores e cabos eleitorais. Em Belém, houve brigas em campanhas na rua, acusações de vandalismo e um homem disse ter sido espancado por seguranças da coligação de Barbalho. Segundo o TRE, durante a campanha houve 600 denúncias e 120 ações judiciais. Cerca de 20 mil homens da força federal atuaram no domingo em 56 municípios do Pará para evitar confrontos e crimes eleitorais.
MARANHÃO
Um sentimento de mudança pode ter gerado no Maranhão o encerramento de um ciclo de quase 50 anos de poder nas mãos do grupo político liderado pela família Sarney. Edison Lobão Filho (PMDB), que era apoiado pelos Sarney, perdeu para Flávio Dino (PC do B).
– Quero mandar um recado para todos os fascistas do Brasil: um partido comunista vai governar um Estado brasileiro. Será interessante ver ser aplicada pela primeira vez uma experiência de governo democrático e popular baseado na soberania dos pobres – disse Dino, que venceu em primeiro turno a eleição para governador com 63,52% dos votos contra 33,69% de Lobão Filho.
O futuro governador havia sido derrotado por Roseana Sarney em 2010. Para esta eleição, contou com o apoio dos principais partidos de oposição e antigos aliados da chamada “oligarquia”, como o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), que rompeu com Sarney em 2004. Entre os partidos da aliança, está o PSDB, em acordo articulado com o candidato à presidência, Aécio Neves, que visitou o Estado e esteve com Dino. O custo declarado da campanha de Lobão Filho foi de R$ 5,6 milhões, ante R$ 3,3 milhões de Dino.
RECORDISTA
Políticos que ganharam visibilidade com declarações polêmicas e homofóbicas foram eleitos. Com 1,5 milhão de votos, a maior votação para a Câmara Federal em São Paulo, o deputado federal Celso Russomanno (PRB) anunciou que pretende disputar novamente a prefeitura de São Paulo em 2016.
– Tenho dito na campanha e fui cobrado a disputar a prefeitura de São Paulo – disse o apresentador e especialista em direito do consumidor.
Com uma votação superior ao deputado federal Tiririca (PR), que ficou em segundo com pouco mais de 1 milhão de votos, Russomanno criticou a “falta de ética” do palhaço ao ironizar o trabalho dos parlamentares.
MAIS VOTOS
Militar da reserva, Jair Bolsonaro (PP) fez 464 mil votos, sendo o deputado federal mais votado no Rio, com mais de 464 mil votos. Agora, ele chega a seu sétimo mandato com quase quatro vezes a votação que fez em 2010. Além das críticas aos grupos LGBT, também provocou polêmicas ao fazer elogios à ditadura militar (1964-1985).
MENOS VOTOS
O Pastor Marco Feliciano, que esperava receber mais de 600 mil votos, acabou as eleições com pouco mais de 397 mil. Seu partido, o PSC, conseguiu eleger uma bancada de três deputados por São Paulo. Após ter passado seu primeiro mandato sendo alvo de críticas de movimentos sociais por ter presidido a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Feliciano se reelegeu como quarto mais votado nacionalmente.

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