ZH 07 de outubro de 2014 | N° 17945
Abstenção é a mais alta desde eleição presidencial de 1998
A proporção de eleitores que deixou de votar para Presidente no primeiro turno é a mais alta desde 1998. No total, 27.698 milhões de pessoas não foram às urnas. Nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os índices ficam até acima da média nacional, chegando a 19,5%, 20% e 20,1%, respectivamente. Os maiores níveis de abstenção foram registrados no Maranhão (23,6%) e na Bahia (23,1%).
Para o procurador regional eleitoral de SP, André de Carvalho Ramos, alguns fatores desmotivam o eleitor a votar, como o financiamento de campanhas, o voto proporcional e a apresentação de programas de governo genéricos.
– O eleitor percebe que as campanhas são milionárias com poucos financiadores. Também percebe o voto às cegas no parlamento – afirma.
O procurador regional eleitoral do Distrito Federal, Elton Ghersel, vê “desinteresse de parcela do eleitorado”. Para ele, as hipóteses de falha humana, como assinatura de um eleitor no espaço reservado para outro ou casos de homônimos, são pontuais e não influem nesse resultado. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o dado não causa preocupação.
– O aumento não fugiu da média. Há fatores que geram abstenção, como pessoas que mudam de domicílio e que trabalham no dia da eleição – afirma o ministro Henrique Neves.
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