VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O MAIOR DOS DESAFIOS



ZH 06 de outubro de 2014 | N° 17944


EDITORIAL



Pode ser difícil para os gaúchos saber quem, entre os dois candidatos mais votados nas eleições de ontem – José Ivo Sartori e Tarso Genro –, sairá vencedor daqui a três semanas, mas não qual será o maior desafio de quem assegurar mais votos: encontrar uma saída imediata para um Estado que opera no limite sob o ponto de vista financeiro. Sem um enfrentamento desse impasse, o Estado ficará mais próximo do que nunca da insolvência, o que tende a significar não apenas uma piora ainda mais preocupante na qualidade dos serviços, como a sua própria inviabilidade. E é esse o risco que precisa ser afastado logo, para assegurar aos gaúchos o direito que têm a mais investimentos em áreas de interesse coletivo, como infraestrutura, e serviços públicos de qualidade.

O fato concreto é que, independentemente de quem conquistar mais votos no segundo turno, o poder público gaúcho não terá como continuar arcando com desembolsos equivalentes a 13% da receita para o pagamento da dívida pública assumida pelo governo federal. A situação fica ainda mais insustentável pelo fato de o Estado se encontrar com o seu limite de endividamento esgotado e de já ter chegado ao limite no caso de expedientes como o de recorrer aos depósitos judiciais. É preciso, portanto, buscar alternativas distintas das que vêm se restringindo hoje praticamente à administração da crise.

A dificuldade maior para quem assegurar o comando do Estado em 26 de outubro é que a decisão sobre a renegociação da dívida depende do governo federal. Num cenário de dificuldades econômicas também em âmbito nacional, é improvável que as mudanças de regras pretendidas sejam aprovadas sem uma negociação política eficaz.

Quem assumir o Piratini em janeiro, portanto, terá o desafio de unir os gaúchos, particularmente seus representantes no Congresso, para enfrentar uma questão crucial para o Estado, como o endividamento. O Rio Grande do Sul precisa se rearticular logo para recuperar a capacidade de o setor público atender com mais eficiência às demandas da sociedade em áreas nas quais o poder público exerce papel essencial, como educação, saúde, segurança e serviços de infraestrutura.

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