ZERO HORA 3 de outubro de 2014 | N° 17941. ARTIGOS
LUIZ CARLOS CORRÊA DA SILVA
A maioria dos cidadãos brasileiros acredita cada vez menos na classe política e, nos dias que antecedem as eleições, as atenções estão voltadas para candidatos, partidos, e corporações envolvidas. Há muitas incertezas sobre o futuro do país, particularmente da economia.
De um lado, a situação, liderada pela candidata à reeleição para presidente e seus partidos (PT e outros). De outro, a intenção da mudança, tendo à frente dois candidatos e seus partidos (PSB e outros, PSDB e outros). O eleitor não aguenta mais o atual estado de coisas e desespera-se, pois o que mais interessa, conduta ética e eficácia dos políticos e suas composições, é o que menos se observa. Anseia pela moralização da política nacional para que o país tenha um processo de desenvolvimento adequado, baseado nas suas potencialidades e necessidades. Exige que a coisa pública não seja tratada com desorganização, imoralidade, loteamento de poder e distribuição de cargos e benesses.
Não se aguenta mais assistir à falcatrua correr solta e, incrivelmente, sob proteção de quem deveria zelar pelo patrimônio público e pela justiça. É preciso dar um basta às influências espúrias dos patrocinadores de campanha que direcionam as decisões mais importantes, geralmente contrárias ao bem comum.
Questões muito relevantes precisam ser feitas neste momento pré- eleitoral. O mais importante é o partido do candidato ou sua capacidade pessoal e liberdade para promover mudanças? Vale a continuação no poder de quem nos últimos mandatos atingiu resultados insatisfatórios e uma vergonhosa crise moral?
O que mais interessa é haver a consciência de que quem assumir terá de fazer o que o Brasil precisa. E tudo começa com respaldo de confiabilidade, agora por um fio. Quem assumir deverá trabalhar muito, com muito equilíbrio. Nada cairá do céu, tudo deverá ser conquistado, com a participação de todos.
Precisaremos escolher bem, trabalhar muito e cobrar a sequência, continuamente, e não apenas daqui a quatro anos. Deveremos, sem tréguas, exercer pressão e estar presentes no local de trabalho dos políticos eleitos. Só assim poderá funcionar.
Médico da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
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