Investigados passam a zelar pela Ética do Senado. Entre novos integrantes de conselho, estão senadores alvos de denúncias - ZERO HORA 27/04/2011
Desativado há dois anos – após engavetar todas as denúncias relacionadas ao escândalo dos atos secretos, 10 envolvendo diretamente o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP) –, o Conselho de Ética do Senado ressuscitou ontem com “velhos conhecidos”. Entre eles, estão senadores com passagem pelo órgão, como investigados e denunciados.
Além de indicar seu nome como titular, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), escolheu João Alberto (PMDB-MA) e Gim Argello (PTB-DF) como, respectivamente, presidente e vice-presidente do órgão. Nas três vezes em que ocupou a presidência, João Alberto engavetou todos os processos.
Calheiros, por exemplo, foi alvo de cinco representações por quebra de decoro por supostamente usar um lobista de empreiteira com contratos com o governo para pagar contas particulares.
Gim foi obrigado a renunciar do cargo de relator da Comissão Mista de Orçamento depois que o Estado revelou que ele usara verbas parlamentares para beneficiar empresas de fachada. A indicação de Gim e Calheiros será confirmada nesta manhã, na reunião de reinstalação do Conselho.
Para o cargo de corregedor do Senado, vago desde a morte do senador Romeu Tuma (PTB-SP), em outubro no ano passado, o presidente do Senado indicou Vital do Rego (PMDB-PB). Já a corregedoria, nunca antes instalada no Senado, será comandada pelo tucano Flexa Ribeiro (PA).
Cabe aos três órgãos promover a defesa do Senado, suas prerrogativas e a ordem constitucional. Nos últimos anos, porém, o conselho e a corregedoria têm funcionado como um clube de amigos, mais empenhados em aliviar a situação dos denunciados. Como primeiro e único corregedor, Tuma conseguiu chamar a atenção para procedimentos que, na maioria das vezes, resultavam no arquivamento das denúncias.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É um ato que prova o descaso dos Senadores para com a opinião pública, para com os eleitores e para com a justiça brasileira. Descaradamente não se importam em manter a imagem do Senado em descrédito, desrespeito e desconfiança, pois sabem que seus eleitores estão aliciados e sob cabresto de interesses individuais, como também sabem lidar com uma justiça morosa e benevolente.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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