Requião toma gravador de repórter no Senado. Senador não respondeu pergunta de jornalista e depois foi se defender pelo Twitter - ROSA COSTA E EDUARDO BRESCIANI, O ESTADO DE SÃO PAULO, 25 de abril de 2011 | 18h 33
Sem argumento para justificar o fato de receber aposentadoria como ex-governador, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) optou em tentar impedir a divulgação do fato. Ele arrancou o gravador das mãos do repórter da Rádio Bandeirantes que o entrevistava sobre a crise financeira de seu Estado e a mordomia questionada na Justiça.
No decorrer da entrevista, realizada no plenário do Senado, em vez de responder, o senador puxou o gravador sem dar tempo ao repórter de reagir. Fora do plenário, ele tentou apagar a gravação. Como não conseguiu, já no seu gabinete, decidiu se apossar do cartão de memória devolvendo o aparelho incompleto. No Twitter, mostrou mais destempero ao escrever: "Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho. Numa boa, vou deletá-lo".
Ao fato inusitado, junta-se a dificuldade em dar queixa no Senado. A polícia legislativa alegou não ter competência para tratar do caso que deveria ser encaminhado à Corregedoria da Casa. Só que o cargo de corregedor está vago e, a julgar por procedimento dessa natureza, dificilmente o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encontrará outro candidato para o cargo que não o seu amigo de muitos anos, senador João Alberto (PMDB-MA), cuja indicação foi tão bombardeada que Sarney recuou.
O secretário de Comunicação do Senado, jornalista Fernando César Mesquita, ligou para Requião pedindo que ele devolvesse o cartão de memória do gravador. Requião se recusou a atendê-lo. Sem alternativa, restou ao comitê de imprensa do Senado entrar com representação contra o senador na Mesa Diretora. "Só na ditadura é que eu presenciei fato tão ridículo como este", lamentou o presidente do comitê, jornalista Fábio Marçal.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O Senado não tem mais razão de existir. É um poder aristocrático e uma elite que só servem para tornar mais moroso o processo legislativo, estimulando ainda mais a insegurança jurídica, os conflitos políticos e a desconfiança no Congresso Nacional, um poder que deveria representar o povo brasileiro e a democracia.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
Nenhum comentário:
Postar um comentário