CASO BANRISUL. Justiça torna réus 25 denunciados. Investigação indica superfaturamento em ações de marketing do banco, que teria sofrido prejuízo de pelo menos R$ 5 milhões - zero hora 29/04/2011
Um ano e cinco meses depois de uma testemunha levantar suspeitas de superfaturamento em ações de marketing do Banrisul, a Justiça aceitou denúncia contra 25 pessoas apontadas pelo Ministério Público (MP) como atores da fraude que lesou o banco em pelo menos R$ 5 milhões. A denúncia, divulgada na íntegra ontem pelo MP, indica que empresários, agentes políticos e funcionários e ex-funcionários do Banrisul teriam desviado valores que deveriam pagar ações de publicidade contratadas pelo banco.
Os nomes dos 25 réus foram disponibilizados no final da tarde de ontem no site do Tribunal de Justiça (TJ), depois de a 6ª Vara Criminal aceitar a denúncia. As investigações apontam como principais agentes do esquema Walney José Wolkmer Fehlberg, que à época das investigações era superintendente de marketing do banco, Armando D’Elia Neto, que era da agência DCS, Gilson Fernando Storck, da agência SLM, e o empresário Davi Antunes de Oliveira. Também constam da lista o ex-vice-presidente e ex-diretor de marketing do Banrisul, Rubens Bordini, e o ex-assessor da presidência do banco, Rodolfo Rospide Neto. Bordini é filiado ao PSDB e Rospide, ao PMDB.
Um trecho da denúncia diz: “além do núcleo de operadores do esquema, supracitado, havia colaboradores. Alguns atuaram como “laranjas”, seja na condição de sócios das empresas envolvidas, seja como supostos proprietários de bens pertencentes aos integrantes do aludido núcleo. Outros, agiram como apoiadores do esquema, passando informações privilegiadas ou cumprindo tarefas em favor das atividades ilícitas. Ademais, alguns envolvidos, conquanto não tomassem parte das atividades diárias do esquema, emprestaram sua chancela política para seu surgimento e desenvolvimento, em troca de benefícios financeiros advindos da empreitada ilícita”.
A denúncia teve como base o inquérito feito pela Polícia Federal (PF). A partir do depoimento de uma testemunha que procurara o MP no final de 2009, a PF, com autorização da Justiça, passou a monitorar telefonemas e trocas de e-mails. Foram 10 meses de escutas, o que rendeu extenso material usado como prova pelo MP. Documentos e mídias apreendidos na Operação Mercari e analisados pela PF e pelo Tribunal de Contas do Estado também embasam as conclusões da denúncia.
Os nomes foram publicados em ZH com contrapontos
Alexandre Ferlauto Della Casa: ligado a empresas de Davi
Antunes de Oliveira (peculato).
Amarante Gonzales de Freitas: ligado a empresas de Davi
Antunes de Oliveira (peculato).
Ana Paula Rodrigues Franco: ligada a empresas de Davi
Antunes de Oliveira (peculato).
Antônio João Carlos Flório D’Alessandro: sócio e proprietário da DCS (formação de quadrilha e peculato).
Armando D’Elia Neto: à época diretor da DCS (formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro).
Davi Antunes de Oliveira: empresário, controlador de empresas associadas ao esquema (formação de quadrilha,peculato e lavagem de dinheiro).
Edineia Klein de Ávila: ex-funcionária da DCS (peculato).
Gilson Fernando Storck: sócio-gerente da SLM (formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro).
Gerri Adriane dos Santos: responsável por empresa terceirizada associada ao esquema (peculato).
Guilherme Thiesen: ligado a empresas de Davi Antunes de Oliveira (peculato).
Heloiza Valle de Oliveira: ex-funcionária do Banrisul com atuação no marketing (peculato).
Leandro Silvestre Francisco: ligado a empresas de Davi Antunes de Oliveira (peculato).
João Batista Rieder: ex-assessor de marketing do Banrisul(formação de quadrilha, peculato e corrupção passiva).
Jairo Xavier Amaral: responsável por empresa terceirizada ligada ao esquema (peculato).
Ivan do Valle Haubert: responsável por empresa terceirizada ligada ao esquema (peculato).
Lúcio Atílio Arzivenco Rodrigues: ligado a empresas de Davi Antunes de Oliveira (peculato).
Maria Lúcia Salvadori Záchia: funcionária da DCS(peculato).
Mário Brenner Della Casa: ligado a empresas de Davi Antunes de Oliveira (peculato).
Neiva Eliane Hermann Saratt: ligada a empresas de Davi Antunes de Oliveira (peculato).
Maria Selma da Silva: ligada a empresas de Davi Antunes de Oliveira (peculato).
Rodolfo Rospide Neto: ex-assessor da presidência do Banrisul (formação de quadrilha e peculato).
Roberto Correa Otero: ligado a empresas de Davi Antunes de Oliveira (peculato).
Rubens Bordini: ex-vice-presidente e ex-diretor de marketing do Banrisul (formação de quadrilha e peculato).
Siegmar Pereira da Cunha: responsável por empresa terceirizada (peculato).
Walney José Wolkmer Fehlberg: ex-superintendente de marketing do Banrisul (formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro).
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
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Um comentário:
Mais um deboche aos brasileiros que não sabem em quem votar e acreditar com tantos desvios dos nossos impostos! Lamentável também a pouca repercusão do caso na mídia gaúcha. Muito "estranho"...
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