Um político não pode ser negligente! - Ilimar Franco - BLOG DO COLUNISTA, O GLOBO, 18.04.2011
O senador Aécio Neves (MG), e provável candidato do PSDB à presidência da República em 2014, foi pego em uma blitz no Rio de Janeiro, na noite de sábado, com a carteira de motorista vencida e negou-se a fazer o teste do bafômetro. Ele terá sua carteira suspensa pelo período de um ano, como é praxe nestes casos. O episódio desmente a crença popular de que os ricos, os famosos e os poderosos são tratados de forma diferenciada?
A primeira vista sim. A ação dos policiais contra uma pessoa pública funciona como marketing para as Secretarias de Segurança Pública, além de representar um exemplo no que se refere a cruzada contra as mortes provocados pelo consumo de álcool no trânsito. Dito isso, é preciso conhecer os termos do auto de infração, redigido pelo policial, para saber se eles foram rígidos ou não, se foram contundentes ou aliviaram.
No caso do senador tucano fica uma lição. Como um político de ponta, ele não pode se dar ao direito de cometer erros desse tipo. Ninguém pode ser negligente com sua própria imagem, muito menos quem já foi governador e pretende ser candidato a Presidente da República. É verdade que todos somos humanos, mas o vacilo do tucano mineiro beira à bobeira. Sou daqueles que acredita que não se deve dar sopa para o azar.
As pessoas que têm o nível de informação e formação semelhante, a do senador mineiro, costumam ir de táxi a festas e restaurantes, quando sabem que vão beber. Há casos mais extremados, os daqueles que abandonaram o carro, e sequer tem carteira de motorista, de forma permanente, por causa da Lei Seca. Esta é uma lei que veio para ficar e quem tem méritos, pois direção e bebida não combinam.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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