PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - Colaboraram Adriana Irion, Aline Mendes e Vivian Eichler, ZERO HORA 29/04/2011
Ao aceitar a denúncia do Ministério Público contra 25 pessoas suspeitas de participação em um esquema de superfaturamento no setor de marketing do Banrisul, a Justiça pôs abaixo as teorias conspiratórias de que a Operação Mercari era uma manobra política para enfraquecer a então governadora Yeda Crusius. Em 375 páginas da denúncia, o MP apresenta indícios e provas de que o Banrisul foi vítima de um esquema que começava dentro do próprio banco e envolvia agências de propaganda e prestadores de serviço.
Por alto, os promotores calculam que o Banrisul teve um prejuízo de R$ 5 milhões. Para que esse dinheiro possa, um dia, voltar aos cofres do banco, a Justiça bloqueou, a pedido do MP, cerca de R$ 2 milhões em bens dos denunciados. São carros, caminhões, imóveis e ações. Também estão retidos R$ 3,4 milhões em reais, dólares, euros e libras esterlinas apreendidos no dia da operação.
A denúncia é resultado de uma investigação realizada pela Polícia Federal a pedido do MP Estadual e do MP de Contas. Coube aos agentes da PF analisar toneladas de documentos apreendidos no Banrisul, em agências de propaganda e na casa dos suspeitos, esmiuçar 10 meses de ligações telefônicas grampeadas, dissecar milhares de e-mails e montar o organograma do esquema.
Ainda não se pode afirmar com certeza que o dinheiro do superfaturamento era usado em campanhas eleitorais, mas é sintomático que entre os denunciados estejam dois tesoureiros – Rospide Neto, do PMDB, e Rubens Bordini, do PSDB.
Nenhum dos 25 pode ser considerado culpado até o julgamento. À primeira vista, a situação mais complicada é a de Walney Fehlberg, que comandava o setor de Marketing. Segundo o promotor Tiago de Menezes Conceição, escutas telefônicas mostram que o ex-superintendente de Marketing cogitou oferecer propina a um delegado de polícia para criar denúncias contra a principal testemunha da fraude.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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