PRIMEIRO ROUND. Estreia com ataques e propostas. Os sete candidatos à prefeitura da Capital participaram do debate inaugural da campanha, promovido por Rádio Gaúcha e TVCOM
CARLOS ROLLSING
CARLOS ROLLSING
No terceiro piso da Câmara de Vereadores, tendo como pano de fundo uma vidraça que deixava à vista copas de árvores castigadas pela chuva que caía forte, os sete candidatos à prefeitura de Porto Alegre debateram ontem o futuro da cidade. O primeiro encontro entre os postulantes – transmitido por Rádio Gaúcha e TVCOM –, também teve momentos de tensão, ataques e acusações, expondo a estratégia inicial de cada um.
Durante os quatro blocos de perguntas e respostas, Adão Villaverde (PT), Érico Correa (PSTU), Jocelin Azambuja (PSL), José Fortunati (PDT), Manuela D’Ávila (PC do B), Roberto Robaina (PSOL) e Wambert Di Lorenzo (PSDB) focaram o discurso em saúde, segurança, educação e mobilidade urbana.
Candidato à reeleição, Fortunati foi o mais atacado. Teve de responder pelo recente fechamento de postos de saúde em meio a um feriadão. Com menos intensidade, foi fustigado também por ataques à política de segurança.
– A lei manda investir 15% em saúde, mas aplicamos 21% – afirmou o pedetista, que destacou também a ampliação do Programa de Saúde da Família (PSF) e a reabertura de leitos do SUS.
Manuela D’Ávila (PC do B) não poupou Fortunati de críticas nos temas mais sensíveis – saúde e segurança –, mas, seguindo uma linha moderada, não deixou de manifestar disposição para dar continuidade a projetos “bem sucedidos”, como o Programa Integrado Socioambiental (Pisa). A candidata tratou de valorizar a parceria com a senadora Ana Amélia Lemos (PP).
– Tenho muito orgulho disso. A senadora reconheceu o nosso projeto para a cidade – comentou.
Adão Villaverde (PT) procurou colar sua imagem nas gestões Tarso e Dilma. Repetiu várias vezes que integra o partido de ambos e disse ter falado com ministros para incluir propostas no seu plano de governo. Também valorizou a experiência de 16 anos do PT à frente da prefeitura e disse que, nos últimos oito anos, a cidade “retrocedeu”.
Villaverde, porém, não escapou de críticas: por ter governado a Capital por quatro mandatos, o PT foi responsabilizado por problemas da cidade .
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