EDITORIAL
Mais de uma semana depois de o caso da servidora da Assembleia com salário de R$ 24,3 mil, sem obrigação de cumprir expediente, ter se tornado público, é inadmissível que nenhuma providência concreta tenha sido tomada para evitar sua continuidade. Pior: constata-se um verdadeiro jogo de empurra entre parlamentares e autoridades que deveriam se responsabilizar pela anomalia e tentar corrigi-la. O mais adequado, no caso, seria a imediata implantação do cartão-ponto ou algum outro tipo de registro de entrada e saída de funcionários, como fazem todas organizações de trabalho. Mesmo para as exceções, como a de servidores com expediente fora do Legislativo, é preciso encontrar um jeito de registrar presença que possa ser acompanhado sem maior esforço pela sociedade.
Infelizmente, o que se constata até agora, desde a divulgação do caso, é um apelo à dissimulação por parte de quem teria o dever de agir. A funcionária – flagrada passeando com o cachorro em frente ao Legislativo em pleno horário de trabalho – entrou em licença pré-aposentadoria e está sendo procurada pelo Ministério Público. Entre seus superiores, persiste a transferência de responsabilidade. E isso só contribui para demonstrar na prática o quanto as atribuições se diluem no setor público, sem que ninguém assuma claramente o seu papel.
Além de escancarar a absoluta falta de critério na escolha de quem tem direito a ocupar cargos de confiança e a desfrutar de funções gratificadas, o caso do supersalário sem exigência de cumprimento de horário expõe o excesso de pessoas em cargos de comando na Assembleia. Como era de se esperar, quando há tanta gente fazendo a mesma coisa, o resultado é que, na prática, ninguém é responsável por nada.
O caso da servidora com supersalário e expediente mínimo pode não ser único, mas não é a regra no serviço público. Até por isso, precisa ser tratado com a prioridade que ainda não mereceu, até mesmo para não desestimular quem realmente se esforça para desempenhar o seu papel de servidor.
Mais de uma semana depois de o caso da servidora da Assembleia com salário de R$ 24,3 mil, sem obrigação de cumprir expediente, ter se tornado público, é inadmissível que nenhuma providência concreta tenha sido tomada para evitar sua continuidade. Pior: constata-se um verdadeiro jogo de empurra entre parlamentares e autoridades que deveriam se responsabilizar pela anomalia e tentar corrigi-la. O mais adequado, no caso, seria a imediata implantação do cartão-ponto ou algum outro tipo de registro de entrada e saída de funcionários, como fazem todas organizações de trabalho. Mesmo para as exceções, como a de servidores com expediente fora do Legislativo, é preciso encontrar um jeito de registrar presença que possa ser acompanhado sem maior esforço pela sociedade.
Infelizmente, o que se constata até agora, desde a divulgação do caso, é um apelo à dissimulação por parte de quem teria o dever de agir. A funcionária – flagrada passeando com o cachorro em frente ao Legislativo em pleno horário de trabalho – entrou em licença pré-aposentadoria e está sendo procurada pelo Ministério Público. Entre seus superiores, persiste a transferência de responsabilidade. E isso só contribui para demonstrar na prática o quanto as atribuições se diluem no setor público, sem que ninguém assuma claramente o seu papel.
Além de escancarar a absoluta falta de critério na escolha de quem tem direito a ocupar cargos de confiança e a desfrutar de funções gratificadas, o caso do supersalário sem exigência de cumprimento de horário expõe o excesso de pessoas em cargos de comando na Assembleia. Como era de se esperar, quando há tanta gente fazendo a mesma coisa, o resultado é que, na prática, ninguém é responsável por nada.
O caso da servidora com supersalário e expediente mínimo pode não ser único, mas não é a regra no serviço público. Até por isso, precisa ser tratado com a prioridade que ainda não mereceu, até mesmo para não desestimular quem realmente se esforça para desempenhar o seu papel de servidor.
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