VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 1 de julho de 2012

CUIDADO COM OS CANDIDATOS ARTIFICIAIS


ZERO HORA, 01 de julho de 2012 | N° 17117

ENTREVISTA: Gaudêncio Torquato, professor de Comunicação Política


Doutor, livre-docente e professor titular da Escola de Comunicação e Artes da USP, Gaudêncio Torquato é considerado um dos pioneiros em marketing político no Brasil, com participação em dezenas de campanhas nos últimos 25 anos

Zero Hora – A que detalhes o eleitor deve estar atento?

Gaudêncio Torquato – Há diferentes perfis de candidatos: aquele que prioriza a questão social, o obreiro, o que defende a moralidade, o que se apresenta como novidade e por aí vai. O eleitor deve priorizar aquele que tiver mais conhecimento da realidade local. Isto é, das demandas de cada bairro. Cuidado com os candidatos artificiais. Desconfie dos que querem parecer o que não são. Isso é um risco.

ZH – É o caso dos candidatos que, por estratégia de marketing, mudam seu estilo?

Torquato – Sim. O eleitor tem de desconfiar de mudanças radicais e ficar atento aos factoides, ao dandismo na política. Esse tipo de marketing deforma. Em 1964, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, o candidato Barry Goldwater decidiu usar óculos para parecer intelectual e passar imagem de seriedade. Só que os óculos não tinham lentes, e um cisco entrou no olho dele durante o comício. Sem perceber, ele botou o dedo no olho, através da armação. Os fotógrafos flagraram a cena. No dia seguinte, nos jornais, foi chamado de mentiroso, e isso acabou com a campanha.

ZH – Como saber se os defeitos de um político estão sendo camuflados pelo marketing?

Torquato – Um candidato que é conhecido pela informalidade, por exemplo, não pode de repente aparecer de paletó o tempo todo. Tem também aqueles que decidem comer pastel na feira, beijar crianças, abraçar idosos. Se isso não é natural, fica evidente. Se percebe no ato.

Nenhum comentário: