CORREIO DO POVO PORTO ALEGRE, SÁBADO, 28 DE JULHO DE 2012
EDITORIAL
O discurso do governo federal é bastante eloquente em relação à importância das áreas de ciência, tecnologia e inovação. Entretanto, esse segmento constava na proposta orçamentária para 2012 com apenas 0,41% dos recursos e ainda teve redução de verbas, ficando com um montante de R$ 815 milhões, perdendo R$ 197 milhões de R$ 1,01 bilhão inicialmente previsto. Com isso, fica evidenciado que entre as declarações e a alocação de verbas vai uma grande diferença.
Esse descompasso mereceu críticas da presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, que criticou o contingenciamento. Ela lembrou que já são dois anos de diminuição de valores a serem administrados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com reflexos negativos na produção científica do país. O resultado, aduziu, é que as fundações de apoio estão ficando sem condições de custearem pesquisas. Isso vai de encontro às expectativas geradas pelo programa Ciência sem Fronteiras, que é uma iniciativa positiva, afirmou. Também os números indicam que há uma relação desproporcional entre o fato de o Brasil estar entre os 13 países com maior produção científica e, paradoxalmente, figurar como o 47 em inovação, uma colocação nada honrosa.
Para Helena Nader, na atual conjuntura, não há nenhuma garantia de que os pesquisadores brasileiros enviados ao exterior poderão retornar com condições de manterem seus experimentos em território nacional. Com isso, o projeto de enviar 100 mil pesquisadores para intercâmbio pode estar com seu êxito ameaçado.
Diante desse quadro de cortes e de pouco dinheiro para inovação, resta esperar que o poder público empreenda uma revisão na dotação orçamentária para inverter a lógica atual. Não há desenvolvimento sem ciência e tecnologia e muitas oportunidades futuras de crescimento podem estar sendo perdidas desde já.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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