ZERO HORA 12 de julho de 2012 | N° 17128
DIRETO DE BRASÍLIA | Klécio Santos
Demóstenes Torres perdeu o mandato, mas não a cara de pau. A arrogância com que subiu à tribuna para se defender é um exemplo de como um desonesto com uma boa lábia tenta desconstruir os fatos. Foi pra cima do relator do processo de cassação, Humberto Costa (PT), e da imprensa, que o teria chamado de pilantra, psicopata, duas caras e despachante de luxo.
Apesar da queixa, todos os adjetivos reproduzem a personalidade e o papel de um farsante no Senado. A Casa sempre foi – e será – leniente com figuras como Renan Calheiros, mas Demóstenes ontem estava reduzido ao nanismo do seu tamanho. Nem perto do grande orador grego que lhe empresta o nome de batismo. Pelo contrário, chegou a ser patético ao se comparar a Jesus e a uma mulher acusada de vagabunda.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, este sim, com pose e verve de senador, bem que tentou livrar sua cara implorando para que a Justiça e os seus 2 milhões de eleitores fizessem o julgamento. Como bom conhecedor de chicanas jurídicas, Kakay sabe que, nos tribunais, as chances de Demóstenes livrar a cara são grandes.
Pelo menos, desta vez, o Senado não lavou as mãos, como o Pilatos, invocado pelo cassado. Mas é dura a vida de cidadão: o suplente Wilder de Morais é tão ligado a Carlinhos Cachoeira que dividia a alcova com a atual mulher do bicheiro.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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