VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

HORA DE MOBILIZAÇÃO

ZERO HORA 16 de julho de 2012 | N° 17132

EDITORIAL




Preocupado com a estagnação da economia, que deixou de responder às medidas de incentivos setoriais adotadas pelo Planalto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez um apelo para que os parlamentares apressem no Congresso o exame de providências capazes de dar um alento à produção. O ministro chegou a conclamar uma “mobilização da sociedade” e mandou um recado especial à oposição, para a qual alguns aspectos integrantes do Plano Brasil Maior têm mais a ver com interesses específicos do próprio governo, em ano eleitoral, do que com o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). O momento, porém, exige o máximo de discernimento da parte de todos os brasileiros que, de alguma forma, podem contribuir para atenuar os efeitos da crise global na atividade interna.

Por mais que a presidente da República, Dilma Rousseff, minimize o fato de o PIB ter encolhido em maio e a perspectiva de que sua expansão anual fique em torno de 2%, inferior até mesmo à prevista para um país em crise como os Estados Unidos, esse ainda é um parâmetro internacional de desempenho. De nada vale, de fato, expansão sem avanços sociais, mas um aspecto e outro estão diretamente interligados. Daí a importância de o Congresso apressar, a partir desta semana, a votação de algumas medidas provisórias essenciais para a retomada. Entre elas, estão a destinada a promover uma desoneração na folha de pagamento de alguns segmentos do setor produtivo e a que facilita investimentos.

Todas essas medidas são importantes, mas não se constituem nas únicas. O país, que durante algum tempo conseguiu retardar os efeitos da crise econômica global com medidas de incentivo ao consumo interno, precisa agora partir para ações mais amplas. É a forma de preservar ao máximo conquistas recentes e de alto significado para os brasileiros: uma situação praticamente de pleno emprego, num cenário de inflação sob controle e taxa básica de juros em queda, além de uma taxa de câmbio mais realista. Por mais que o Planalto continue a recorrer a planos setoriais, não haverá condições de a produção se expandir nas proporções necessárias sem providências que contribuam para desobstruir a atividade econômica.

O Congresso precisa fazer a sua parte, votando em tempo hábil medidas capazes de atenuar o impacto da crise externa, entre as quais não podem ser esquecidas reformas estruturais, como a previdenciária e a tributária. O Planalto, igualmente, tem que se manifestar na mesma velocidade para assegurar mais poupança interna e investimentos, menos burocracia e menos gargalos em áreas como a de infraestrutura. A hora de agir é agora, para que o país possa contornar logo esse momento difícil, recuperando a capacidade de expandir sua economia em níveis consistentes e continuados.

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