ZERO HORA 12 de julho de 2012 | N° 17128
ÉTICA NA CÂMARA
Em reunião na tarde de ontem, no entanto, a comissão de sindicância votou pelo prosseguimento do processo contra outro deputado, Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). No caso dele, se a Mesa mantiver sua tradição e acolher a representação, o tucano passará a responder a processo no Conselho de Ética. Pesou contra ele a relação pessoal e negócios que manteve com Cachoeira. Em seu parecer, o relator, Jerônimo Goergen (PP-RS), argumentou que a relação de Leréia com Cachoeira iria além de uma mera amizade.
– Tratava-se de uma relação de negócios – disse Goergen.
O deputado goiano foi gravado cobrando de um auxiliar de Cachoeira depósito de R$ 100 mil. Há indícios ainda de que Leréia atuou a favor dos interesses do empresário na Câmara. O deputado pressionou o PSDB a não tomar nenhuma medida contra ele, argumentando que o governador Marconi Perillo (Goiás), também envolvido no caso, foi preservado.
Com relação a Sandes Júnior e Otoni, não houve provas consistentes, afirmou o corregedor Eduardo da Fonte (PP-PE). Ainda há mais um caso relacionado às denúncias contra Cachoeira. Depois do recesso, em agosto, a Corregedoria terá que analisar a situação do deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), que é alvo de outra representação. A tendência, neste caso, é de que seja aberto processo contra ele, que assumiu ter recebido dinheiro de Cachoeira.
Brasília
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