A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
sexta-feira, 16 de março de 2012
ASSESSORES REMOTOS
PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA, ZERO HORA 16/03/2012
Por uma deformação do sistema, é praticamente impossível saber se um deputado tem ou não assessores fantasmas ou que fazem corpo mole. A permissão para que mantenham assessores em suas bases eleitorais, sem a fiscalização do cumprimento da jornada de trabalho, abre a porta para o duplo emprego e até para a fraude. Quem garante que um ocupante de cargo em comissão de quem não se cobra cumprimento de horário não divide o salário com o parlamentar ou não contribui para uma caixinha de campanha?
O problema é histórico. Só resultou em indiciamento agora porque, nas investigações da Operação Solidária, a Polícia Federal encontrou indícios de que havia parentes de figurões na folha de pagamento da Assembleia, sem trabalhar. Autorizada pela Justiça Federal, a PF seguiu investigando e comprovou a existência dos fantasmas. Foram indiciados os que se locupletaram e também funcionários que praticaram um ato da rotina da Casa: atestar a efetividade sem saber se a pessoa trabalhou ou não. Onde não existe cartão-ponto, alguém atesta que o funcionário trabalhou, mesmo sem ter condições de conferir se o cidadão estava a serviço do deputado ou cuidando dos próprios interesses.
A Câmara e o Senado também permitem que os parlamentares mantenham assessores trabalhando na base eleitoral. Se o sujeito trabalha no albergue do parlamentar, na lavoura ou no escritório, não importa: nenhum fiscal vai conferir o que ele faz. Mesmo que os assessores do gabinete gastem seu tempo trabalhando como cabos eleitorais, nada acontece. Faz parte do jogo e ninguém vai denunciar o colega porque a regra vale para todos.
Os deputados costumam dizer que, se um assessor não trabalha direito, o parlamentar é o grande prejudicado, porque pode estar colocando em risco a reeleição. Na prática, muitos acabam acomodando parentes de aliados em seus gabinetes e não cobram produtividade. Também é comum que, ao assumir a cadeira de um parlamentar convocado para o secretariado, o suplente seja obrigado a usar parte das vagas de CCs para os afilhados do titular. Ninguém reclama, porque sabe que é melhor ter apenas uma parte dos cargos do que voltar para o limbo da suplência.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário