VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

LOBO EM PELE DE CORDEIRO


JORNAL DO COMÉRCIO 06/11/2014


Carlos Augusto Fernandes dos Santos



“Todo poder aos sovietes” (Lenine, 1917). Tão logo foi divulgado o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, a presidente Dilma Rousseff (PT), no calor das comemorações, apressou-se em anunciar a intenção de realizar ampla reforma política, contando com a realização de um plebiscito. Neste ano, em 23 de maio, o governo editou o Decreto nº 8.243/14, criando o Sistema Nacional de Participação Social e sinalizando a intenção de implantar no País os polêmicos “conselhos populares”. As práticas utilizadas pelos bolcheviques, em outubro de 1917, para derrubar o governo provisório instalado após a Revolução Russa, de fevereiro do mesmo ano, voltaram a frequentar a agenda presidencial: centralismo democrático, radicalização da democracia através de intensa participação popular, plebiscitos. Todas formas de democracia direta para enfraquecer os Parlamentos. Já ouvimos de diversos indivíduos, que se julgam esclarecidos, a afirmação de que o comunismo é um conceito anacrônico e que acabou.

É verdade, o marxismo-leninismo caiu de podre, sem guerras, como um frágil castelo de cartas. Um inventário lastimável de violências e de fracassos. Entretanto, intelectuais, jornalistas, militantes dissimulados, crentes da velha religião secular, não acabaram em nosso País. Continuam ativos, propondo as práticas nefastas e autoritárias do “bolivarianismo decadente”, capituladas no Foro de São Paulo. Basta ver os regimes implantados em nossos vizinhos sul-americanos.

Para nossa alegria (e até mesmo surpresa), as velhas raposas da política nacional, que há longos anos sustentam com seu apoio a base governamental em troca de prebendas e favores, vendo-se, agora, ameaçadas pelo citado decreto, logo após o pleito, apressaram-se em derrubá-lo na Câmara. O presidente do Senado, inclusive, afirmou que o mesmo ocorrerá naquela Casa. Entretanto, prezado leitor, permaneça vigilante se é amante da liberdade. O lobo não descansa e é ladino; oculta-se, mais uma vez, na pele do cordeiro.

General reformado/RR


 

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