ZERO HORA 11 de novembro de 2014 | N° 17980
GOVERNO DE TRANSIÇÃO
Petebista defende independência na Assembleia
Conhecido pela fama de sempre participar de governos para obter cargos nos Executivos, o PTB emite sinais de que pensa em mudar a lógica. A sigla, que apoiou Tarso Genro na eleição ao Piratini, não foi procurada pelo governador eleito José Ivo Sartori até o momento. Nesse vácuo, líderes começam a se manifestar pela “independência” na Assembleia. E asseguram que não é blefe.
Quem sustenta o discurso é o presidente estadual do PTB, deputado Luiz Carlos Busato, que foi secretário de Obras de Tarso.
– Acho que temos de ficar fora do governo, na oposição, e sinto que muitos na nossa bancada pensam o mesmo, com exceção dos Moraes (Sérgio e Marcelo, deputados federal e estadual, respectivamente), que já estão com Sartori. Não vão ter como nos oferecer espaços relevantes ou de decisão. Se é para ficar no governo só por alguns cargos e ainda levar a pecha por isso, então é melhor ser independente e ficar fora – diz Busato, que convocou reunião da executiva do partido para quinta-feira.
Pesa também o fato de a sigla trabalhista não ter crescido nas últimas eleições, mesmo tendo ocupado secretarias nos três governos mais recentes.
– Partido que não bota a cara para concorrer, não cresce – diz Busato, que cita a aproximação do PTB com PT e PC do B, já pensando nas eleições de 2016.
Além do presidente do PTB, o líder da bancada na Assembleia, Aloísio Classmann, foi destacado para falar sobre o assunto. Os demais optam pelo silêncio.
– Temos de manter o compromisso com o atual governo até o último dia de dezembro. Não discutimos sobre o governo Sartori, poderemos fazer isso em janeiro. Não vejo problema em sermos independentes, ajudando nas questões de interesse do Rio Grande – avalia Classma
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